DIPLOMACIA SUBZERO
PyeongChang pode ficar na história por unir as duas Coreias, mais do que pelos resultados. Noruegueses são favoritos e Portugal só “pica o ponto”
Os Jogos da Coreia do Sul, com temperaturas noturnas de -20 graus, vão ser dos mais frios de sempre. Em contrapartida, a loucura para ouvir a orquestra norte-coreana aqueceu corações
Os 80 manifestantes que ontem foram travados por uma centena de polícias à entrada da sala onde a Samjiyon Band ia tocar pouco importaram; aliás, o desfile militar anual que a Coreia do Norte acabou por fazer também não; a existência de 150 mil pedidos para ouvir a orquestra da Coreia do Norte – foram sorteados 1560 bilhetes – falaram mais alto, tal como os sorrisos dos atletas da Coreia do Norte durante os treinos que antecederam a Cerimónia de Abertura, marcada para hoje, a partir das 11h00 portuguesas. Os Jogos Olímpicos vão abrir comas duas Corei asa desfilarem juntas, Portugal representadopor dois atleta se a Noruega a surgir como favorita.
Com 118 títulos e 329 medalhas, aNoruegaé amai orpotênciad os Jogos de Inverno, embora não tenha ganho as edições mais recentes. Isso talvez mude em PyeongChang, onde se pode bater o triste máximo de temperaturas mais baixas da história – o recorde está nos -13 graus de Lake Placid, em 1980 – e os noruegueses surgem como favoritos para as casas da apostas, à frente de uma Alemanha que é a grande rival. Os analistas da Gracenote Olympic calculam 14 ouros para cada país.
Nesta edição faltará a Rússia, mais medalhada há quatro anos, em Sochi, mas desta vez limitada a atletas individuais e a uma equipa que pode surpreender: como a NHL proibiu os seus profissionais de ir aos Jogos, deixando Canadá e Estados Unidos com equipas de recurso, a Rússia é favorita!
A norueguesa MaritBjorgen, já com seis títulos e dez medalhas no cross-country, a holandesa Ireen Wust (quatro ouros na patinagem de velocidade), as norte-americanas Lindsey Vonn e Mikaela Shiffin, estrelas do esqui alpino, e o patinador holandês Sven Kramer serão nomes a seguir. Quanto aos portugueses, é preciso “aplaudi-los, mesmo sendo os seus resultados modestos à escala global”, admite José Manuel Constantino, presidente do COP.