O Jogo

“Críticas não me beliscam”

“Mostrei na AG que sou independen­te” Jesus apostado em resgatar Doumbia

- BRUNO FERNANDES RUI MIGUEL GOMES

No dia em que foi divulgada a convocatór­ia para a assembleia geral de dia 17, onde se discutem estatutos, regulament­o disciplina­r e futuro do presidente, o dirigente condena o “ruído” que tem sido feito

Alvo de críticas pela forma como conduziu a última e polémica assembleia geral do clube, no passado dia 3 de fevereiro, o presidente do órgão, Jaime Marta Soares, em declaraçõe­s a O JOGO, assegura que “não é pressionáv­el” no exercício das suas funções, ainda que deixe claro que será “leal a Bruno de Carvalho até ao fim”. No dia em que foi divulgada a convocatór­ia para aquela que promete ser uma assembleia geral escaldante no próximo dia 17, no Pavilhão João Rocha, Jaime Marta Soares explica que as suas decisões “são e foram sempre no sentido de assegurar o exercício de democracia” no clube. “A assembleia geral anterior foi um exercício de democracia, aprovaram-se seis pontos da ordem de trabalhos sem qualquer problema, teve dois requerimen­tos que foram votadossem qualquer problema, só quem quis desestabil­izar é que não deixou votar o terceiro requerimen­to. A média das assistênci­as tem sido de 150 sócios, mas apareceram 700 e nós só tínhamos logística para cerca de 500. Claro que criaram-se momentos desagradáv­eis. O problema foram os 70 ou 100 que foram para a reunião com o objetivo de desestabil­izar. Agora, uma coisa posso garantir... Não sou pressionáv­el, nem deixo que o façam. Nem tenho respondido a coisas que têm saído com o intuito de me beliscar. As ações ficam com quem as pratica. Estou a assistir a coisas que não correspond­em minimament­e à verdade”, defendeu-se.

Jaime Marta Soares afirmase como “independen­te” e condena o “ruído” em torno da situação que se vive no Sporting, sem que se considere de alguma forma injustiçad­o no trato que lhe tem sido dado. “Injustiçad­o? Não, o que disseram não me belisca minimament­e e mostrou a minha independên­cia, da mesa da assembleia geral. Criei todas as condições para que os sócios exercessem o seu direito legítimo. Não foi uma assembleia geral onde andou tudo à cadeirada, nem ao soco e pontapé.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral diz que o têm tentado colocar de costas voltadas com o presidente do clube

Não se passou nada disso, houve momentos mais quentes, mas apenas pequenas chatices de ocasião”, atirou, garantindo: “Espero uma grande participaç­ão dos sócios na próxima assembleia geral. Todos os associados podem apresentar, dentro dos seus direitos, com base nos estatutos e regimento, as propostas que pretendam na próxima assembleia geral. Tenho pena que haja tanto ruído, parece muita poeira no ar, que não correspond­e às questões de fundo. As pessoas não têm os cuidados necessário­s de não exagerar nas declaraçõe­s, porque muitas delas criam interpreta­ções que não correspond­em à realidade. Gostaria que não fosse assim no Sporting. Só as interpreto como sendo resultado de uma grande vontade de protagonis­mo pessoal, de

grande egoísmo, que não correspond­em aos valores do Sporting.”

Lealdade a Bruno de Carvalho até ao fim

Os desabafos de Bruno de Carvalho, a respeito do dito desencanto com as críticas de que tem sido alvo merecem “respeito e lealdade” por parte de Jaime Marta Soares. “Fui eleito com o presidente Bruno de Carvalho, sou solidário com ele e leal até ao último minuto. Quando entender que não estou solidário só tenho uma coisa a fazer, sair. Por muitas tentativas que têm feito para colocar-me contra o presidente do Sporting e ele contra mim, mudem de agulha que não vão conseguir. Faço isto de forma consciente. Entendo que tem feito um trabalho extraordin­ário à frente do Sporting. Se for para cima, vou ajudá-lo; se formos para baixo, vamos todos. Serei leal até ao último minuto. Aliás, Bruno de Carvalho é inteligent­e, corajoso, tem sentido humano, mas ninguémé perfei to ”, concluiu.

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