TOMAR DECISÕES
Decidir não é, afinal, tão complicado quanto implementar. Se uma decisão não se transforma em trabalho concreto, estamos perante uma boa intenção, não uma decisão. Mas, claro, toda a decisão constitui um risco. E possui um conjunto de passos fundamentais. Definir o problema. Estamos a lidar com quê? Uma vez classificado o problema, importa defini-lo (“O que é isto”, “Qual é a chave da solução’). O perigo desta definição não é errar, mas sim decidir de modo incompleto. E só há um modo de o evitar. Verificar e reverificar todos os factos observáveis e ir deitando fora as definições que não conseguem englobar algum deles. Especificar a resposta ao problema. Quais são as condições-limite? Quais são os objetivos que a decisão tem de alcançar? Quais são os objetivos mínimos a atingir? Quais são as condições a satisfazer? Uma decisão que não satisfaça as condiçõeslimite é pior do que uma que defina erradamente o problema. A causa mais vulgar de uma decisão falhar não reside no facto de ela estar errada desde o início, mas é sobretudo porque houve uma mudança subsequente de objetivos. Se as condições-limite mudam, obviamente temos de mudar os objetivos a alcançar. Decidir o que está “certo”, em vez do que é aceitável para corresponder às condições-limite. O que é que satisfará completamente as especificações antes de se prestar atenção aos compromissos, às adaptações e às concessões necessárias para tomar a decisão aceitável? Para se tomar uma decisão correta temos de saber quais são as condições-limite de modo a tornar possível a distinção entre compromisso certo e errado. É assim fundamental determinar antes do mais o que está certo! A questão não é procurar o que é aceitável, mas sim o que está certo! Integrar na decisão a ação a realizar. Qual é que tem de ser o compromisso de ação? Quem é que tem de tomar conhecimento dele? Converter a decisão em ação é o passo mais difícil e o que leva mais tempo. A falha de muitas decisões é a de não comportarem um compromisso para a ação que se deve seguir. Converter
Ivo Vieira, treinador do Estoril, é mais um exemplo de boas práticas