O Jogo

“DERROTAS AFETAM”

Dost ainda é baixa, Rafael Leão nos convocados

- RAFAEL TOUCEDO

Treinador leonino brincou com o facto de nem sequer ter tempo para abrir a mala de viagem, tal a cadência de jogos. O ciclo negativo que os leões atravessam não deitou abaixo a equipa, salientou JJ

O Sporting só conseguiu vencer, nos 90’, um dos últimos seis encontros disputados. Pelo meio conquistou pela primeira vez a Taça da Liga, com triunfos nos penáltis sobre FC Porto e V. Setúbal, um feito realçado por Jorge Jesus, que apesar de reconhecer que o momento tem um certo impacto anímico negativo nos jogadores, garantiu também que continua a existir uma boa dose de confiança. Acima de tudo, frisou, importa é manter os objetivos da época de pé, como se verifica.

Após duas derrotas, é

importante voltar a casa?

—Vamos voltar à nossa casa. Saímos daqui há uma semana em primeiro lugar, com um título ganho, agora já não estamos em primeiro... Em relação ao jogo, este enquadra-se dentro do que é normal. Contra os grandes, estas equipas acreditam que podem pontuar. O Feirense tem qualidade, tem um jovem treinador com muita qualidade para conseguir os seus sonhos como treinador. De bola parada, o Feirense é muito forte: metade dos seus golos são de bola parada. Temos o máximo respeito, muito cuidado. A nossa pressão e responsabi­lidade é de ganhar. Vamos ter dificuldad­es, como é óbvio, não só em função do adversário, mas por termos alguns jogadores que não podem dar o seu contributo à equipa, entre castigados e lesionados. Eu já nem mudo a mala, é sempre a mesma, nem dá tempo de abrir. A jogar de três em três dias, não pára, mas ainda bem que é assim, porque estamos nas frentes todas.

Com Fábio Coentrão e Acuña indisponív­eis por castigo, terá de refazer todo o flanco esquerdo de uma vez. Já decidiu quem vai jogar?

—Não temos só uma hipótese. Temos o Bruno César, que, para aquelas situações, tem sido pronto-socorro e fá-lo muito bem. Depois há o Lumor, que chegou há pouco tempo, ainda não conhece muito bem os cantos à casa. Um avançado pode chegar e jogar, já um defesa ... tem de conhecer conteúdost­éc nico-tá ticos. Mas posso socorrer-me dele.

Este ciclo afeta animicamen­te os jogadores?

—Sabíamos que havíamos de perder algum dia e que as derrotas não dão moral a ninguém. Somos a única equipa a ganhar já um título esta época. Estamos confiantes por estarmos em todas as frentes. Ainda há um jogo para jogar com o FC Porto na eliminatór­ia da Taça... Não vou dizer que não afeta; ficamos afetados, mas os objeti-

JORGE JESUS “Eu já nem mudo a mala, é sempre a mesma, nem dá tempo de abrir. As derrotas não dão moral a ninguém” “Dost? Qualquer equipa depende do seu goleador” “Sporting, FC Porto e Benfica juntos na frente, não há quem esteja melhor emocionalm­ente”

vosmantêm-se: estarem todas as frentes e conquistar os títulos. Estamos mais confiantes que as outras pessoas. Estamos no processo, a trabalhar como duas semanas atrás.

Mas a confiança não se esvazia?

—Faz parte do processo. Há uma semana, o Sporting era primeiro e tinha um título. Não ficámos de peito cheio, muito mais confiantes, porque faz parte. Queremos estar sempre em primeiro, mas o que importa é estarmos juntos na frente. Equipa afetada não existe... não se ganham e perdem assim os níveis emocionais – são conquistad­os jogo a jogo. Estão Sporting, Benfica e FC Porto juntos, na minha opinião não há quem esteja melhor emocionalm­ente.

O internacio­nal brasileiro Ganso, do Sevilha, foi apontado ao Sporting. Interessa? Porque não deu certo em Espanha?

—O Sporting não tem nada a ver, nem tem interesse nenhum. Conheço-omuitobem, como todos os do futebol brasileiro. Fez parte da grande equipa do Santos com o Neymar. É criativo, forte na bola parada, não muito intenso para o futebol europeu. É de muita qualidade. Que eu saiba, não o temos referencia­do para o Sporting.

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