O Jogo

“Não fui eu que tirei um rival da corrida”

Sérgio Conceição aposta num título disputado a três

- CARLOS GOUVEIA

Marcano, Danilo, André André e Aboubakar de fora

Consciente de que é nestes jogos que se podem perder campeonato­s, o treinador portista quer a equipa a pensar apenas no Chaves e não na Liga dos Campeões. Elogios a Luís Castro e à gente do interior

Sérgio Conceição admite que é complicado gerir o desgaste físico com o calendário apertado, mas diz que prefere jogar sempre de três em três dias e que isso deve servir de motivação à equipa. À espera de um Chaves equilibrad­o, o treinadord­oFCPortoqu­ervoltar com os três pontos porque a luta será até ao fim e a três. Liverpool proibido de entrar no balneário. A carga competitiv­a do FC Porto é uma motivação ou

uma dor de cabeça? —Queremos essa carga porque é sinónimo de que estamos em várias frentes – só nos grandes clubes é que isso acontece –, mas também sabemos que isso traz algumas complicaçõ­es físicas. Faz parte do meu papel gerir da melhor forma o plantel e o momento dos jogadores. Tem-se falado da dificuldad­e de defrontar equipas necessitad­as de pontos. O Chaves está tranquilo na tabela. Espera por isso um jogo mais aberto? —As equipas têm caracterís­ticas diferentes, dependem das ideias que o treinador tem. Olhamos para o Chaves e vemos uma equipa trabalhada pelo Luís Castro. Está a fazer um bom campeonato, é equilibrad­a e consistent­e: só tem duas derrotas em casa e foram no início. É um clube que particular­mente aprecio por ser do interior. As gentes de Chaves são muito apaixonada­s pelo clube e pelo futebol. Lembro-me de lá ir pelo Felgueiras, quando era jogador, e era sempre muito difícil. E continua a ser. Vamos apanhar um Chaves competitiv­o e que merece estar na I Liga. Costuma dizer-se que os campeonato­s se decidem contra as equipas pequenas. Nesse enquadrame­nto, este jogo é fundamenta­l? —É importante, como todos. Não diferencia­mos pelo adversário se é mais ou menos importante. Todos valem três pontos. Se disserem que muitas vezes os campeonato­s são decididos com as outras equipas que não os rivais diretos é

um facto e amanhã [hoje] vamos ter uma das boas equipas do campeonato, que está em sexto lugar e sabe jogar, tem uma dinâmica muito interessan­te e é nesse adversário que estamos focados. Há uns meses, o Benfica estava dado como fora do título. Com esta aproximaçã­o acredita que vai ser uma luta a três até ao fim? —Acredito e quero que o FC Porto esteja a lutar sempre pelos três pontos para conseguir chegar ao fim com mais um do que segundo classifica­do. Aquilo que os outros fazem só passa a ser importante se não fizermos o nosso trabalho. Há dois rivais fortes, duas grandes instituiçõ­es – o Benfica e o Sporting – e uma terceira que é o FC Porto que está na frente e quer manter o lugar. Se houve alguém que meteu um ou outro rival de fora não foi o treinador do FC Porto. Até que ponto a vitória contra o Sporting foi moralizant­e para o grupo e um sinal de força para os rivais? —Foi importante no sentido de chegarmos a meio de uma eliminatór­ia e estarmos a vencer. Mas este resultado não tem expressão se na segunda mão não conseguirm­os um que nos permita passar e estar no Jamor. É verdade que foi contra o Sporting, rival que luta pelos mesmos objetivos, mas não ficamos nem mais nem menos eufóricos do que noutros jogos que ganhámos. Fica a sensação de dever cumprido, não mais do que isso. Foi com essa sensação que fiquei no balneário.

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