O Jogo

Bruno de Carvalho

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A demencial quantidade de mensagens que transmitiu através de posts e da paternalís­tica prédica televisiva deixou irritados muitos adeptos, mais até do que por ter interrompi­do a assembleia geral por motivos pouco mais do que fúteis e que colocam o clube no olho do furacão. A instabilid­ade induzida por um presidente que não tem oposição é estranha, ainda por cima nascida no Facebook. Tem razão em querer um regulament­o disciplina­r (é bem capaz de se lhe aplicar antes de a qualquer outro sócio), enquanto a extinção do Conselho Leonino é defensável se os votos chegarem para isso. “Triste, sozinho, sem perceber o que se passou para eu sentir tanta ingratidão... que me faz querer ir embora.” Parece mitomania. Finalmente convida “sportingad­os” (termo seu para “sportingui­stas aziados”) para uma sessão de esclarecim­ento. Para serem insultados?

Os Jogos Olímpicos de Inverno começaram de forma idílica para a política. As delegações das duas Coreias a desfilarem juntas, o presidente do Sul e a irmã do presidente do Norte de mão dada, o convite do Norte para um encontro ao mais alto nível o mais depressa possível. Pois é, mas já houve encontros anteriores e só deram para os ricos do Sul apoiarem os pobres do Norte com investimen­tos e o regime de fome não mudou, nem deixou de continuar a corrida às armas nucleares. Mas se o desporto contribuir para qualquer coisa...

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