A moeda ao ar que era racista
Norueguesa Marit Bjorgen conquistou a sua 11.ª medalha e já houve bronca entre os americanos
Presidente da Coreia do Sul foi convidado a ir ao Norte, a equipa local de hóquei no gelo foi goleada, a norueguesa do esqui reforçou o estatuto de melhor de sempre, mas em PyeongChang o tema foi racismo
Os Jogos Olímpicos de Inverno abriram com a Alemanha na frente do medalheiro, ao conseguir dois dos cinco títulos do primeiro dia, e a norueguesa Marit Bjorgen voltou a fazer história, agora aos 37 anos, ao ser segunda no esquiatlo e conquistar a sua 11.ª medalha olímpica – só dois homens, os compatriotas Ole Einar Bjorndalen (13) e Bjorn Daehlie (12) têm mais –, mas PyeongChang foi palco de uma pequena bronca, pois o patinador de velocidade Shani Davis insinuou no Twitter ter existido racismo na escolha do porta-estandarte dos Estados Unidos na Cerimónia de Aber- tura.
O portador da bandeira dos EUA foi escolhido numa votação das oito federações presentes, que terminou a 4-4, entre Erin Hamlin, que é branca e há quatro anos foi a primeira a conseguir uma medalha (bronze) no luge, e Davis, que tem um historial mais completo: com cinco presenças nos Jogos e quatro medalhas, ele foi o primeiro atleta negro a conseguir um título em provas individuais e o único da história a repetir o ouro na corrida de 1000 metros – em 2006 e 2010 –, sendo considerado um exemplo nuns Jogos de Inverno que sempre foram de maioria branca. O desempate fez-se por moeda ao ar e favoreceu Hamlin. Davis considerou o processo “desonroso”.
Faltando à Cerimónia de Abertura, Davis publicou a hashtag “BlackHistoryMonth2018”,denunciando ser a sua a história racista do mês. As reações não tardaram, tanto a favor como contra, e a conta de Twitter teve de restringir o acesso aos que já eram seguidores do atleta de Chicago. Davis, alegando estar concentrado nos treinos, não faz mais comentários.