Presidente torna a “culpar” adeptos
Em sessão de esclarecimento a jornalistas, o presidente leonino defendeu criação do quadro disciplinar com unhas e dentes Bruno de Carvalho lembrou sócios que passaram informação a rivais e classificou a proposta apresentada à AG como uma defesa num mundo
“Estão a tentar matar-me e a culpa é dos sportinguistas. Preciso de militância e ela continua a ser pouca” Bruno de Carvalho Presidente do Sporting
Bruno de Carvalho voltou ontem a atirar-se aos adeptos sportinguistas, acusandoos de nada fazerem perante aqueles que o estão a “tentar matar”. “Com os sportinguistas atrás darei tudo, sem eles atrás matam-me. Neste momento, estão quase a matarme e a culpa é dos sportinguistas. Preciso de militância e ela continua a ser pouca ”, afirmou o líder do Sporting, durante a sessão de esclarecimento para jornalistas, em que estiveram presentes seis de um total de 39 convidados: Nicolau Santos (Lusa), Bruno Roseiro (Observador), António Tadeia (Bancada.pt), Miguel Morgado (Sapo.pt), Luís Mota (Jornal de Notícias) e Sérgio Pereira (MaisFutebol).
Relativamente à introdução do já “famoso” regulamento disciplinar, Bruno de Carvalho salientou que este é uma maneira de o clube se “defender” num mundo de “vouchers, emails e jogos para perder”. “Não lembra a ninguém que uma instituição de dimensão mundial não tenha um regulamento disciplinar. Não o fizemos no primeiro mandato porque tivemos muito trabalho, com auditorias, etc. Estes casos, esta teia descoberta, fez perceber muita coisa, como sócios a passarem informação confidencial a clubes rivais. Não entendo como as pessoas acham que isto é normal”, atirou o presidente dos leões, mostrando confiança que as três propostas a votos na AG sejam aprovadas por 75% dos votos, percentagem mínima necessária para que os órgãos sociais não se demitam no imediato: “Que os nossos rivais não estejam a esfregar as mãos, pode ser que tenham uma surpresa dia 17.” Recusando o título de Rei-Sol, Bruno de Carvalho também negou estar a construir um esquema para se perpetuar no poder: “Não sou nenhum Rei-Sol. Saímos garantidamente se não passarem os pontos. Por isso tudo tem servido para atacar a minha vida pessoal. Não preciso de me legitimar ou de aclamações, eu tenho é de sentir gratidão.”