Francisco J. Marques desafia Ricardo Costa
Silêncio dos visados mostra “comprometimento” das partes. Pedido de bilhetes é “uma face do Polvo”
Francisco J. Marques voltou ontem a falar de Ricardo Costa, antigo presidente do Conselho de Disciplina que na semana passada acusou de estar ao serviço do Benfica, para criticar o seu silêncio. “Fizemos uma série de divulgações e desafiámo-lo a fazer um esclarecimento público. Uma semana depois, nem uma palavra. A sabedoria popular diz que quem cala consente. Tudo o que dissemos era verdade. Aliás, desde que este escândalo começou todos os visados se remeteram ao silêncio, com exceção de Luís Filipe Vieira, que fez comentários, mas nada de substantivo. Isto mostra o quão comprometidas estão estas pessoas neste escândalo”, considerou.
O diretor de comunicação do FC Porto acredita que o caso de Ricardo Costa é particularmente importante por se tratar “de alguém que teve poder de decidir as matérias mais relevantes de cariz disciplinar e que as decidiu com interesses e com o lado de adepto do Benfica”, acusou, deixando no ar outras críticas: “Até posso contar histórias de ele ir ver jogos à Luz de cachecol numa altura em que não podia fazê-lo.” Por isso diz que “há um tempo que tem de terminar e outro que tem de começar: o de tudo ser transparente no futebol português”. A propósito da notícia da revista “Sábado” sobre o pedido de bilhetes ao Benfica por parte de elementos das Finanças, tribunais e Governo, concluiu: “É uma face do Polvo... Cabe às autoridades investigar esta situação, há entidades públicas com comportamentos inaceitáveis, assim como é inaceitável o silêncio de outras.”