Há países que valem menos que Real e PSG
Os plantéis de merengues e parisienses custaram 1302 M€, valor superior ao PIB de São Marino que, nas contas do FMI, ocupa o 172.º lugar
Só a construção da equipa às ordens de Unai Emery praticamente dava para pagar a construção da Ponte Vasco da Gama. A de Zidane custou mais do que a autoestrada do Marão
A melhor forma de medir a exorbitância dos valores que hoje se praticam no futebol e os custos dos grandes clubes em transferências é comparar esses valores com outras realidades. Ora, num estudo anteontem divulgado pelo CIES (Observatório do Futebol), os plantéis do PSG e do Real Madrid, que hoje se defrontam no Santiago Bernabéu, tiveram um custo de construção de 805 e 497 milhões de euros respetivamente.
Ou seja, juntas, as duas equipas atingem a impressionante despesa de 1302 M€. Tão impressionante que este valor é superior ao do PIB de inúmeros países em 2017. De facto, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), São Marino, que ocupa o lugar 172 no ranking, teve um Produto Interno Bruto de 1296,8 M€. É, de resto, mais de quatro vezes superior ao PIB de São Tomé e Príncipe (186.º na ranking do FMI) que chega a uns meros 303 M€, ou ao valor da Dívida Externa da Serra Leoa (151.º mais elevada) no valor de 1271,6 M€. Portugal tem o 48.º PIB mundial, mas a previsão de gastos no orçamento de Estado de 2018 para a Educação pré-escolar é menos de metade do que estes clubes investiram.
Mas há mais. O plantel do PSG é só 92 M€ inferior à construção da Ponte Vasco da Gama e quase iguala o estádio Krestovski, o mais caro do Rússia’2018 e cujo custo derrapou de forma incrível. Já os jogadores contratados pelo Real Madrid dariam para pagar a mais cara ilha privada do mundo, Lanai Is landn oH a vai, propriedade do norte americano LarryEll is on, dono da Oracle e sétimo homem mais rico do mundo em 2017.
A ponte Vasco da Gama e a autoestrada do Marão juntas custaram menos que os plantéis dos clubes hoje em confronto