Só seis técnicos resistem à razia
Com 14 rondas para jogar, e excluindo quatro equipas B, só Nacional, Santa Clara e Oliveirense mantêm os treinadores
Costinha, Carlos Pinto e Pedro Miguel estão no comando técnico desde o início da época, à imagem dos treinadores dos bês de FC Porto, Benfica, Sporting e V. Guimarães. O Leixões já mexeu quatro vezes...
Empenhados em subir ao escalão principal, que garante outras receitas e visibilidade, ou em evitar a queda nas provas não profissionais, os clubes da II Liga apostam na troca de treinadores a um ritmo alucinante. A semana passada trouxe mais duas mudanças, com Francisco Chaló, que deu o lugar a Manuel Cajuda no Académico de Viseu, a render Ricardo Malafaia no Leixões. Feitas as contas, são 13 os clubes que já mudaram de responsável técnico nesta época, num corrupio que envolve 27 (!) treinadores. Nesta “dança”, o Leixões reina, tendo conhecido já quatro treinadores nesta época: Kenedy, João Henriques (saiu para o Paços de Ferreira), Ricardo Malafaia e Francisco Chaló.
Comparando este registo com as quatro épocas anteriores, o número de mudanças de treinadores é menor, embora esta edição tenha menos clubes do que as anteriores: em 2013/14 e 2016/17, a prova tinha 22 clubes, e em 2014/15 e 2015/16 o número era de 24. Nesta longa lista de cinco temporadas há dois emblemas que se destacam: Académico de Viseu e Leixões, nos quais nenhum treinador tem resistido uma época inteira. Já o Santa Clara despediu nos últimos quatro anos, mas, esta época, Carlos Pinto mantém-se firme. Aliás, só Nacional e Oliveirense, que até está em fase de descida, é que mantêm as opções iniciais: Costinha e Pedro Miguel, respetivamente.
Para José Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, a explicação para tanta mudança e despedimento “é a consequência da falta de profissionalismo com que os clubes são geridos. Os treinadores às vezes não estão enquadrados. Nota-se uma falta de cuidado dos responsáveis dos clubes, em função da equipa técnica que têm”, defendeu.