Ronaldo bisa, bate Neymar e novo recorde
Com 1-1 no placard, PSG ameaçava adiantar-se quando Cristiano Ronaldo, com uma parte do corpo pouco habitual, fez um segundo golo (seu e da equipa) que alterou o rumo da partida
Os parisienses marcaram primeiro e durante quase todo o jogo transmitiram a sensação de que eram superiores. Uma ilusão, afinal de contas. Ronaldo e Asensio, sobretudo eles, fizeram a diferença
Num jogo em que dominou durante a maior parte do tempo, o PSG cometeu o desplante de construir oito ocasiões de golo no Santiago Bernabéu, o que não é para todos. No entanto, por falta de sorte ou de “estofo”, concretizou apenas uma, enquanto o Real Madrid, que parecia transmitir uma imagem de inferioridade, acordou na parte final para, totalmente contra a corrente, cavar uma vantagem que lhe permite ir a Paris com o estatuto de grande favorito ao apuramento (3-1).
A diferença foi feita por um joelho, mais precisamente o esquerdo de Cristiano Ronaldo que, com o duelo empatado, utilizou essa parte do corpo para apontar o 2-1, num gesto reflexo que não pareceu involuntário. Era o segundo golo de CR7, justificando assim o estatuto de grande figura do encontro, apesar da rivalidade de Asensio, que entrou aos 79’ para deixar tudo de pernas para o ar, ao fazer as duas assistências finais.
O primeiro golo tinha sido apontado por Rabiot aos 33’, depois de um cruzamento de Mbappé que Nacho intercetou para o pior sítio, permitindo um golo fácil ao parisiense.
De penálti surgiu o empate, ainda na primeira parte, a punir falta ingénua de Lo Celso sobre Kroos. Areola adivinhou o lado a Ronaldo, mas a velocidade e a colocação da bola não permitiram que chegasse a tocar-lhe.
A segunda parte estava a ser toda do PSG, com vários lances perigosos, mas foi então que o joelho de Cristiano se impôs em Madrid, após cruzamento de Asensio. O 3-1 foi apontado já aos 86’, por Marcelo, a cruzamento do mesmo Asensio.
No frente a frenteeN eym ar, vantagem total para o primeiro. O brasileiro brincou coma bola, ensaiou vários dribles, mas parece ter encarado a partida com alguma displicência. No fim, a festa foi do português.
“São estes dias de Champions que devem ser recordados: vitória e com personalidade. Fomos sérios e contundentes para defender o título” Sergio Ramos Jogador do Real Madrid
“Sempre Cristiano: marcou dois golos e teve uma grande presença. É um privilégio tê-lo” Emilio Butragueño Diretor do Real Madrid
“O 1-1 animou-os. Uma ação arbitral muito duvidosa abriu-lhes a possibilidade da reviravolta”
Unai Emery Treinador do PSG