“Possivelmente o meu último jogo”
O presidente disse estar “triste” porque ainda vê os sócios com dúvidas em relação à AG de amanhã
As três propostas que vão amanhã a escrutínio precisam de 75% dos votos e o líder verde e branco atirou a pressão para os sócios, aos quais exige uma prova cabal de apoio a si e à sua estrutura
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, voltou ontem ao banco de suplentes, mas nas declarações aos jornalistas, após o encontro, desviou o foco do triunfo sobre os cazaques, para recordar aos sócios do clube a importância da assembleia geral de amanhã, na qual espera ver uma prova de gratidão destes e, assim, continuar à frente do clube verde e branco.
“Há um duplo sentimento. Estou feliz pelo resultado, porque de quatro objetivos continuamos fortes em três e um já conquistámos, feliz por ter voltado ao banco... mas ao mesmo tempo estou triste porque sinto que possivelmente foi o último jogo que fiz como presidente do Sporting e isso custa-me bastante”, atirou, exigindo militância e respaldo aos sócios leoninos que amanhã vão votar a alteração estatutária, a criação de um regulamento disciplinar e a continuidade dos órgãos sociais do Sporting (os três pontos, recorde-se, precisam de reunir 75% dos votos dos associados).
“Acho que as pessoas ainda não perceberam o que está em causa: gratidão, confiança, reconhecimento. Não sei se as pessoas estão focadas no que pode acontecer”, avisou, afirmando que “mais importante
Para o líder leonino, na AG de amanhã estão em causa “gratidão, confiança e reconhecimento” do seu trabalho à frente do Sporting
do que os estatutos é o regulamento disciplinar”. E explicou: “Sem a menor questão, porque é igual ao das grandes empresas. Sinto que as pessoas não têm noção. Por isso, em vez de estar aqui eufórico como costumo estar, é uma tristeza muito grande depois do trabalho de cinco anos, se não for no dia 17 feito este reconhecimento a este trabalho que tenho feito.”
Bruno de Carvalho garantiu que, caso as coisas corram mal, sairá “de cabeça erguida e orgulhoso”. “Tem a ver com chavões à volta de dois documentos simples. Enquanto órgãos sociais, não podemos aceitar. Temos de ter reconhecimento e gratidão. Tem a ver se a maioria silenciosa se torna na maioria ruidosa. É a tal militância de que necessito”, concluiu.