O Jogo

Matheus deu vida até ao desligar das máquinas

- —ANA LUÍSA MAGALHÃES

BRAGA

UM A UM

É experiente e até já levantou a Liga Europa, mas ontem revelou muitas dificuldad­es para estancar o flanco direito do Braga. Precisamen­te pela experiênci­a, não é desculpáve­l que fique no chão a reclamar falta, obrigando Vukcevic a fazer uma à entrada da área que originou uma bola à barra. Ocampos e Payet foram uma enorme dor de cabeça. Exibição apática, sem conseguir neutraliza­r Germain. Talvez o lance mais paradigmát­ico tenha sido aos 20’: a par de Rosic, ficou parado a ver a bola passar-lhe por cima e a jogada por pouco não terminou em golo. Ficou ligado ao primeiro golo pela forma como se deixou ultrapassa­r por Germain. Tal como o colega de posição, foram poucas as vezes em que mostrou segurança na área. Foi displicent­e ao tentar aliviar uma bola junto à bandeirola de canto – atirou contra um adversário – e aí começou a jogada do 1-0. Conseguiu negar outro golo, com um corte providenci­al a dois tempos, mas na segunda parte os problemas foram ainda maiores. Dentro de uma equipa com poucas notas positivas, Esgaio escapa. Tentou dar vida ao ataque e executou um ou outro cruzamento perigoso, um dos quais na melhor jogada do Braga em todo o encontro. Só a espaços conseguiu aparecer e o Braga sentiu a falta do seu habitual critério no passe para se conseguir soltar para o ataque. No capítulo defensivo, foi-lhe difícil travar o carrossel do Marselha. Teve nos pés a única oportunida­de do Braga, com o jogo ainda empatado a uma bola, mas, no coração da área, preferiu rematar em jeito... sem sucesso. Mostrou algum inconformi­smo e tentou levar a equipa para a frente, mas assinou uma exibição desinspira­da. Não conseguiu desequilib­rar e foi substituíd­o. Aos 8 minutos, arriscou um remate de meia distância que passou uns centímetro­s ao lado da baliza, no primeiro e quase único sinal positivo do Braga no ataque. Tentou ofereceu-se ao jogo e combinar com Paulinho. O esforço do costume, mas praticamen­te sem oportunida­des. Aos 16’ ainda se desmarcou com perigo, mas não conseguiu segurar o passe, que também exigia uma receção complicada. Foi a primeira aposta de Abel Ferreira a partir do banco, para os últimos 30 minutos, mas foi como se não tivesse entrado. Em sua defesa, o Marselha marcou pouco depois e a tarefa revelou-se ainda mais complicada para o extremo. Lançado praticamen­te na jogada anterior à do terceiro golo dos franceses. Foi presa fácil para os defesas do Marselha e, verdade seja dita, a bola poucas vezes chegou ao meio-campo ofensivo dos bracarense­s. Entrou para refrescar o ataque e a única vez em que se deu por ele foi numa disputa com um central na qual acabou lesionado. Em dez minutos, o Braga não fez melhor do que nos outros 80, ou seja, criar jogadas para finalizaçã­o e o egípcio pouco poderia ter feito.

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