Abel Ferreira “O primeiro golo foi o espelho do que se seguiu”
O treinador do Braga reconheceu a superioridade do Marselha, que só não teria levado um resultado positivo caso a equipa portuguesa tivesse sido eficiente ao máximo
Para o técnico, ficar em desvantagem tão cedo atirou os seus jogadores para uma intranquilidade irreversível. Abel lembrou a juventude de uma equipa que “aprendeu uma lição” e “vai recuperar”
No rescaldo da partida, Abel Ferreira mostrou-se conformado com o desfecho. Havia um plano para travar o Marselha, mas um golo praticamente na primeira oportunidade complicou tudo, no entender do treinador, que acredita que a derrota até pode trazer coisas positivas.
“Sabíamos que teríamos de estar na máxima eficácia ofensiva e defensiva e a forma como sofremos o primeiro goloéo espelho do que se passou a seguir. Era fundamental manter a equipa bem junta. Esse golo, aos quatro minutos, intranquilizou-nos e o adversário foi superior”, começou por dizer o treinador da equipa minhota, que admitiu que o Marselha “criou imensas dificuldades”, enquanto o Braga “não foi forte nos duelos”. Para Abel, o momento do bis de Germain, aos 69 minutos, também teve importância, desta feita pelo que sucedeu antes. “O segundo golo surge após uma paragem prolongada no jogo, tínhamos que estar muito concentrados”, vincou o técnico, resignado com a frieza de um adversário: “Jogámos contra uma grande equipa, talvez o melhor Marselha dos últimos dez anos. Tínhamos de ser altamente eficazes.”
Dissecada a derrota, Abel Ferreira focou-se nas consequências e nem todas são negativas. “Umas vezes vencemos, outras aprendemos”, apontou o treinador, numa mensagem que já transmitira noutras noites negativas esta época. “Esta derrota vai darnos uma lição, sabemos que a tarefa está difícil, mas queremos dar boa réplica na segunda mão”, acrescentou Abel, que apontou fatores que servem de atenuante para o Braga: “Somos uma equipa jovem e ambiciosa, que aprende com as derrotas, e temos de aproveitar o resultado para o analisar. Há que analisar os erros e crescer coletivamente.”
Daqui a uma semana, o Marselha visita a Pedreira e o treinador reconheceu a dificuldade da tarefa, mas recusou-se a dar os oitavos de final como uma meta inalcançável. “Ainda falta um jogo, sabemos que a tarefa está mais difícil, mas no futebol tudo pode acontecer. Só numa noite épica é possível dar a volta”, projetou, com um desafio: “A escalada é difícil, mas é mais uma oportunidade para defrontar este adversário e corrigir os erros.”
Antes da segunda volta, há a visita ao V. Guimarães, no domingo. “Sempre fomos capazes de dar resposta. Temos a capacidade de abrir um livro de cada vez. Agora, vamos seguramente recuperar”, prometeu Abel.
“Teríamos de estar na máxima eficácia defensiva e ofensiva. O primeiro golo intranquilizou” “Jogámos contra uma grande equipa. Talvez o melhor Marselha dos últimos dez anos” “Esta derrota vai dar-nos uma lição. A tarefa é difícil. Só numa noite épica é possível dar a volta” “Sempre fomos capazes de dar resposta. Temos a capacidade de abrir um livro de cada vez”