O Jogo

Abel Ferreira “O primeiro golo foi o espelho do que se seguiu”

O treinador do Braga reconheceu a superiorid­ade do Marselha, que só não teria levado um resultado positivo caso a equipa portuguesa tivesse sido eficiente ao máximo

- ANA LUÍSA MAGALHÃES JOÃO MAIA

Para o técnico, ficar em desvantage­m tão cedo atirou os seus jogadores para uma intranquil­idade irreversív­el. Abel lembrou a juventude de uma equipa que “aprendeu uma lição” e “vai recuperar”

No rescaldo da partida, Abel Ferreira mostrou-se conformado com o desfecho. Havia um plano para travar o Marselha, mas um golo praticamen­te na primeira oportunida­de complicou tudo, no entender do treinador, que acredita que a derrota até pode trazer coisas positivas.

“Sabíamos que teríamos de estar na máxima eficácia ofensiva e defensiva e a forma como sofremos o primeiro goloéo espelho do que se passou a seguir. Era fundamenta­l manter a equipa bem junta. Esse golo, aos quatro minutos, intranquil­izou-nos e o adversário foi superior”, começou por dizer o treinador da equipa minhota, que admitiu que o Marselha “criou imensas dificuldad­es”, enquanto o Braga “não foi forte nos duelos”. Para Abel, o momento do bis de Germain, aos 69 minutos, também teve importânci­a, desta feita pelo que sucedeu antes. “O segundo golo surge após uma paragem prolongada no jogo, tínhamos que estar muito concentrad­os”, vincou o técnico, resignado com a frieza de um adversário: “Jogámos contra uma grande equipa, talvez o melhor Marselha dos últimos dez anos. Tínhamos de ser altamente eficazes.”

Dissecada a derrota, Abel Ferreira focou-se nas consequênc­ias e nem todas são negativas. “Umas vezes vencemos, outras aprendemos”, apontou o treinador, numa mensagem que já transmitir­a noutras noites negativas esta época. “Esta derrota vai darnos uma lição, sabemos que a tarefa está difícil, mas queremos dar boa réplica na segunda mão”, acrescento­u Abel, que apontou fatores que servem de atenuante para o Braga: “Somos uma equipa jovem e ambiciosa, que aprende com as derrotas, e temos de aproveitar o resultado para o analisar. Há que analisar os erros e crescer coletivame­nte.”

Daqui a uma semana, o Marselha visita a Pedreira e o treinador reconheceu a dificuldad­e da tarefa, mas recusou-se a dar os oitavos de final como uma meta inalcançáv­el. “Ainda falta um jogo, sabemos que a tarefa está mais difícil, mas no futebol tudo pode acontecer. Só numa noite épica é possível dar a volta”, projetou, com um desafio: “A escalada é difícil, mas é mais uma oportunida­de para defrontar este adversário e corrigir os erros.”

Antes da segunda volta, há a visita ao V. Guimarães, no domingo. “Sempre fomos capazes de dar resposta. Temos a capacidade de abrir um livro de cada vez. Agora, vamos segurament­e recuperar”, prometeu Abel.

“Teríamos de estar na máxima eficácia defensiva e ofensiva. O primeiro golo intranquil­izou” “Jogámos contra uma grande equipa. Talvez o melhor Marselha dos últimos dez anos” “Esta derrota vai dar-nos uma lição. A tarefa é difícil. Só numa noite épica é possível dar a volta” “Sempre fomos capazes de dar resposta. Temos a capacidade de abrir um livro de cada vez”

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Diogo Figueiras protege a bola, perante a chegada de Amavi

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