Cary pede que Europeu dê “cultura desportiva”
O internacional português gosta da euforia que se tem vivido desde sábado, mas alerta que o troféu conquistado na Eslovénia deve servir para investir na formação
O campeão da Europa lançou o apelo, ontem, no Porto, na companhia de Bruno Coelho e deu como exemplo o ambiente em torno da qualificação histórica do râguebi para o Mundial de 2007
Ainda a desfrutarem da conquista histórica do campeonato da Europa em futsal, Bruno Coelho e Pedro Cary passaram, ontem, pela cidade do Porto para se associarem à campanha de lançamento de um novo modelo de sapatilhas. Uma presença fugaz perto do culminar de uma semana de “euforia” e “prazer” e na qual Pedro Cary lançou um importante repto.
O internacional português fez uma chamada de atenção para que a proeza conseguida pela Seleção “não seja em vão e traga melhor cultura desportiva”. “Desejo que saibamos aproveitar este momento, é nosso dever como jogadores, treinadores e dirigentes chamarmos mais miúdos para a prática consistente do futsal, com bons princípios didáticos e pedagógicos”. Pedro Cary pede que todas as emoções positivas do feito inédito de Portugal “tenham uma continuidade no futuro, pondo-se de lado o poder financeiro” e recordou o caso da seleção de râguebi quando carimbou a passagem histórica ao Mundial de 2007. “Houve uma grande ascensão de rapazes e raparigas na prática desta modalidade. E como está agora?”. O internacional luso quer ver, daqui a uns anos, resultados diferentes: “Que o futsal dê um grande passo em frente e conquiste o seu espaço.”
Bruno Coelho deseja também que o troféu trazido da Eslovénia “mude o olhar para o futsal português”. “Fizemos um Europeu exemplar. Sintome privilegiado por pertencer à história do futsal português”, comentou o autor do golo do triunfo na final sobre a Espanha, notando-se ainda a satisfação pelas mensagens enviadas por Cristiano Ronaldo, Ricardo Quaresma e de Éder, o outro herói luso, neste caso na final de Paris, em 2016. “Sinto-me mais um que ajudou Portugal a conquistar o sonho”, completou.
“Desejo que saibamos aproveitar este momento e é nosso dever como jogadores, treinadores e dirigentes chamar mais miúdos para o futsal” “É preciso pôr de lado o poder financeiro, porque queremos experimentar a prática do futsal com bons princípios didáticos e pedagógicos”
Pedro Cary Internacional português