FIFA quer modificar regras dos mercados
Gianni Infantino, presidente do organismo, acha o período de verão muito longo e que o de inverno nasceu com outro espírito
Numa entrevista ao jornal italiano “La Gazzetta dello Sport”, o presidente da FIFA revelou alguns dos objetivos que tem para o futebol nos próximos anos, entre eles alterações às janelas de transferências
O mercado de transferências de verão mereceu de Gianni Infantino o seguinte comentário: “É demasiado longa, os campeonatos devem começar com plantéis já formados”; em relação à de inverno, o presidente da FIFA disse: “Reduçãodonúmerodetransferências em janeiro. Era o mercado de reparação, não para refazer o plantel. Não me agrada que um jogador faça a primeira parte da época numa equipa e a segunda noutra.”
Gianni Infantino explicou que pretende “recuperar os valores que fizeram grande o futebol”, e nestes inclui a limitação dos empréstimos, aumento de fundos para a formação e plantéis com um máximo de 25 elementos. “Os melhores devem jogar, não ficarem no banco dos grandes clubes”, justificou.
O ítalo-suíço que lidera a FIFA desde 2016 pretende estrear um novo conjunto de regras no final deste ano, entre as quais regras de transparência mais rígidas para os agentes de jogadores.
O VAR foi outro dos temas abordados–Infantinoreiterou que gostaria de vê-lo no Mundial deste ano –, com o dirigente a rebater a questão da perda de tempo: “Não nos damos conta que, num jogo, se perdem sete minutos em lançamentos laterais e pontapés de baliza e oito minutos e meio para os livres. O problema são os dois do VAR que podem tornar o resultado mais justo?”
O Mundial’2028, que terá 48 seleções (por vontade de Infantino) divididas em grupos de três, levanta dúvidas sobre a possibilidade de o último jogo de cada grupo poder ser combinado.“Haveráumcritério para evitar acordos, talvez o ranking”, referiu, acrescentando que este também mudará a partir de julho, alterando a ponderação dos jogos particulares, “para o tornar mais justo”. Infantino espera que em 2021 arranque o novo Mundial de Clubes, com 24 equipas (metade da Europa), e em junho.