Liga alemã abre-se aos estrangeiros
No dia em que anunciou um novo recorde no volume de negócios, de 4,1 mil milhões de euros em 2016/17 (pela primeira vez passou os quatro mil milhões), a liga alemã disse estar prestes a iniciar um movimento que promete ser histórico: a revisão da regra “50+1”, que tradicionalmente impedia um proprietário de deter a maioria do capital dos 36 clubes profissionais (primeira e segunda ligas). A alteração em vista pretende tornar o futebol profissionais germânico atraente para investidores estrangeiros.
“A regra do ‘50+1’ fez da Bundesliga o que ela é hoje”, disse Christian Seifert, presidente da liga alemã (DFL), pelo que “mudar o quadro vai permitirnos passar de bem a muito bem e não só enriquecer os clubes”. Seifert admitiu que a ideia, que mexerá com a tradição do futebol alemão de os clubes serem geridos pelos sócios,teráalgumaresistência e não deverá estar concluída antes do final do ano.
“É uma questão de dinheiro. Sequeremossercompetitivos, temos de aceitar, até um certo ponto, as regras comerciais”, declarou Seifert, tendo como pano de fundo a perda de competitividade internacional das equipas germânicas – na últimaépoca,nenhumachegouàs meias-finais das provas europeias,algoquenãosucediadesde 2004/05. Na presente temporada, só o Bayern se manteve na Champions, de onde Leipzig e Dorrtmund caíram para a Liga Europa.
Christian Seifert