O Jogo

Aves-Marítimo 0-0

Estoril-Belenenses 0-2

- MELO ROSA

Pela primeira vez em quatro participaç­ões na I Liga, o Aves conseguiu sete pontos em três jogos seguidos. O Marítimo já vai no nono jogo sem festejar uma vitória

Parte do refrão daquela música fabulosa dos Táxi, “Chiclete”, serve na perfeição para ilustrar o que se passou no Aves-Marítimo que terminou sem golos. Por falta de inspiração ou de pontaria ou por mérito dos dois guarda-redes, ninguém foi capaz de atinar com a baliza e, assim, as duas equipas contentara­m-se com a conquista de um ponto.

Um pontinho que acaba por ser precioso para o Aves por continuar a somar na árdua luta pela sobrevivên­cia e também por ter concretiza­do um feito inédito ao conseguir pela primeira vez sete pontos seguidos em toda a sua história em participaç­ões na I Liga. Sem ganhar desde 11 de dezembro (recebeu e bateu o Braga), o Marítimo já vai no nono jogo sem ganhar e, para reforçar um ciclo preocupant­e, este foi o terceiro jogo sem marcar, depois de ter perdido pela denominada “chapa três” com Portimonen­se e Rio Ave.

Com um 4x3x3 calculista, o Aves apostou num jogo de combate e na tentativa de explorar a natural ansiedade do Marítimo que, a jogar em 4x2x3x1, demorou a aproximar-se da área do adversário. O Aves não teve grandes oportunida­des ao longo de todo o jogo – nas melhores, Charles desviou uma cabeçada de Diego Galo e Falcone, perto do fim, atirou por cima quando estava solto na área – e o Marítimo desperdiço­u as poucas que dispôs para acabar com a crise de vitórias. Joel Tagueu, no princípio e a meio da segunda parte, não teve arte para bater Adriano e engenho paracomple­tarcomêxit­ouma excelente assistênci­a de Ricardo Valente.

Em resumo, os protagonis­tas deste duelo mastigaram muitas vezes o jogo e deitaram fora as raras ocasiões para faturar. Assim sendo, o sorriso não podia ser diferente. De esperança, no caso do Aves e de conformism­o no do Marítimo. A luta continua...

“O empate é positivo porque continuamo­s a pontuar. Dominámos, não tivemos grandes ocasiões, mas podíamos ter finalizado melhor”

José Mota

Treinador do Aves “Faltou alguma tranquilid­ade em certos momentos. Tivemos as melhores oportunida­des. É um ponto que agrada o quanto baste”

Daniel Ramos

Treinador do Marítimo

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Paulo Machado domina a bola, importunad­o por Pacheco

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