Pepa ficou a dias de dar o último passo
O técnico atrasou-se na entrega do relatório de estágio
O treinador do Tondela ainda fez uma exposição à FPF, mas sem efeito. Já no caso de Sérgio Vieira, o percurso no Brasil, onde fez mais de 50 jogos, não chegou para dar o estágio como cumprido
“A Associação Nacional de Treinadores não gosta desta situação e acho que tem razão”, disse Silas, no dia da apresentação como treinador do Belenenses e lembrou ter-lhe sido negada a candidatura ao Nível III, por incumprimento do pressuposto principal: experiência de dois anos como treinador. Ora, Silas colocou um ponto final de 22 anos como jogador na época passada.
O rigor do prazos-limites foi o obstáculo encontrado por Pepa, apesar do “cuidado em enviar uma exposição à FPF” a explicar as razões do atraso da conclusão do relatório de estágio, na expectativa de poder formalizar o pedido de ingresso no curso entre 22 de maio e 30 de junho de 2017. A Pepa faltou este último pormenor para obter o diploma de Nível III, cujas bases teórico-práticas foram aprendidas quando estava no Feirense, em 2015/16. Por isso, tem de ser inscrito na qualidade de treinador adjunto, de resto, um critério secundário no processo de seleção.
A Sérgio Vieira “só falta o estágio”, apesar de contar “com mais de 50 jogos como técnico principal” nos campeonatos brasileiros e “um background adquirido a coadjuvar Jesualdo Ferreira, Domingos Paciência, Sá Pinto e Manuel Machado”. A FFP, explica, “não aceitou” este currículo como compensação do estágio, pelo facto de se tratar“de tempos de trabalhocurtos, quando exigem sete meses seguidos ”. A porta que se abriu no Moreirense, em outubro, constituía para Sérgio Vieira “a oportunidade para completar esta etapa da regulamentação”, que, entretanto, gorou-se, sendo substituído por Petit, outro dos treinadores a quem falta a cédula de Nível IV. Os três anos passados no Brasil “foram penalizadores” para Sérgio Vieira, porém, entende que “há algum radicalismo” e recorda casos do passado tratados como exceção. “Tivemos o Costinha na Liga dos Campeões, pelo Paços de Ferreira, sem o UEFA Pro, ainda assim o organismo europeu e a FPF autorizaram a que fosse o técnico principal”.
No verão de 2013, oito treinadores frequentaram o curso UEFA Pro, sem, contudo, terem feito o Nível III. Marco Silva, Pedro Emanuel foram um dos treinadores, na altura, citados pela FPF, na confirmação da atribuição das equivalências.