“Temos Eusébio como ídolo. A seguir ao Pelé, é o melhor”
Vencer Portugal, a 14 de junho de 2002, no Mundial da Coreia e do Japão, foi uma surpresa. A seleção de Figo, Rui Costa, Jorge Costa, Fernando Couto, Sérgio Conceição, entre outros, caiu na fase de grupos
Só depois do Mundial de 2002, com os olhos na seleção anfitriã, é que os jogadores sulcoreanos passaram a ser vistos com mais atenção. Antes disso, só Cha Bun-Kun tinha feito furor na Alemanha. Em 2002, o Mundial de futebol foi na Coreia e no Japão. O que lhe recorda? —Nessa altura estava no Brunei. Vi todos os jogos da Coreia, incluindo o jogo com Portugal. Foi memorável. Tudo correu bem na organização, mas em termos de resultado final nós tivemos mais sucesso que o Japão nos nossos jogos. Chegámos mais longe, ficámos em quarto lugar e o Japão perdeu nos oitavos de final com a Turquia. A Coreia do Sul derrotou e eliminou Portugal. Contavam com isso? —A vossa equipa era muito forte, mais forte do que a nossa. Todos os coreanos se recordam dos quartos de final do Campeonato do Mundo de 1966, em Londres, em que Portugal derrotou a Coreia do Norte. Naquela altura, a Coreia do Norte era muito forte. Estiveram a perder por 3-0, mas Eusébio fez quatro golos seguidos. O resultado final seria de 5-3. Isso estava na memória de todos nós que temos Eusébio como ídolo. A seguir ao Pelé, o Eusébio é o melhor! Por isso, não esperávamos ganhar o jogo contra Portugal, que não tinha entrado bem no Mundial. No nosso entendimento, neste último jogo, podíamos ser os primeiros a passar e a seguir ser Portugal. Ganhámos e ficámos muito felizes. Mas ficámos tristes por Portugal, queríamos ver as melhores equipas a competir. Park Ji-sung marcou o golo. Tinham bons jogadores?
No Portugal-Coreia, é assinalada falta de João Pinto sobre Park Ji-sung. Na discussão que se segiu com o árbitro, o português agrediu o árbitro e foi expulso
—Não víamos muitos jogadores ao nível de Park Ji-sung. Cha Bun-Kum foi o primeiro grande jogador, que jogou mais de dez anos na Bundesliga, sempre como um dos melhores marcadores. O Mundial de 2002 foi um bom momento para a internacionalização porque os grandes clubes mostraram interesse nos nossos jogadores. Park Ji-sung foi observado lá e depois foi transferido para o Manchester United onde se juntou a Cristiano Ronaldo. Agora espero que o fim de semana chegue para ver os jogos de Son HeungMin, no Tottenham, e Ki Sung-yueng, no Swansea. Temos jogadores fantásticos. Neste momento, Son HeungMin é o melhor.