Coimbra vibra com par de ases
TRIBUTO André Sousa e Filipe Albuquerque foram reconhecidos pela sua cidade pelos feitos alcançados
Além da cidade e do desporto, há mais coisas que unem André Sousa e Filipe Albuquerque. Viveram na mesma rua, foram colegas de escola e o guarda-redes até comprou o primeiro carro ao piloto
André Sousa e Filipe Albuquerque foram ontem homenageados pela Câmara Municipal de Coimbra com a medalha de reconhecimento da autarquia pelos feitos conquistados este ano. O primeiro foi peça-chave no triunfo da Seleção portuguesa no Europeu de futsal, enquanto o segundo conquistou recentemente as 24 horas de Daytona. “Estaremos ao vosso lado para defender bem a baliza e acelerar o mais possível. Temos um grande orgulho em vocês e estamos gratos por terem sido portabandeira desta Coimbra que é convosco mais encantada e fantástica”, afirmou Manuel Machado, presidente da autarquia, durante a cerimónia.
Um tributo que não foi indiferente à dupla. André lembrou que foi na cidade do Mondego que nasceu, viveu durante 26 anos e se licenciou. “É uma cidade pela qual tenho muito carinho e faço questão de o dizer a toda a gente”, sublinhou o guarda-redes que não esquece o título europeu: “Ser campeão europeu é um sentimento grande. Nem eu sabia como festejar.” Filipe Albuquerque, por seu turno, falou do “orgulho” em ser homenageado pela sua cidade. “Apesar de ter viajado pelo mundo inteiro, a minha cidade de eleição é Coimbra. É aqui que recarrego as minhas energias e onde tenho a minha família”, salientou o piloto que tem como objetivo sagrar-se campeão do mundo de resistência naquele que é, no seu entender, “o campeonato mais competitivo do mundo”.
André e Filipe tem ainda a particularidade de terem vivido na mesma rua (Machado de Castro), terem frequentado a mesma escola (José Falcão) e terem sido, inclusivamente, colegas na disciplina de Física. “Alguns professores que, naquela altura, não viam que o desporto era um trabalho de futuro para nós, olham agora para aqueles dois alunos, que nem sempre iam às aulas – mas com as faltas justificadas com o estatuto de alta competição – porque estavam a jogar futsal ou tinham ido para os carros, que hoje são um exemplo na cidade e no país e acho que isto abre portas aos mais novos”, contou o piloto, de 32 anos.
André Sousa, de 31 anos, confidenciou que o primeiro carro que teve comprou a Albuquerque. “Durante três ou quatro anos, quando jogava no Instituto D. João V, do Louriçal, fazia 50 km para cada lado e o carro nunca me deixou ficar mal. Era resistente e já estava ensinado”, revelou, por entre sorrisos.
“O carro nunca me deixou ficar mal. Era resistente e já estava ensinado”
André Sousa
Guarda-redes Futsal “Apesar de ter viajado pelo mundo inteiro, a minha cidade de eleição é Coimbra”
Filipe Albuquerque
Piloto