Um em cada cinco sofre de stress
Entre estes, apesar de tudo, a incidência é menor do que entre os que ainda se encontram no ativo
No segundo país europeu com maior prevalência de doenças psiquiátricas, a Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto dá acompanhamento. Mas é precisa disponibilidade para expor os problemas
A saúde mental é um novo tema, ao qual a FIFPro e o Sindicato estão atentos. Por isso, Joaquim Evangelista celebrou um protocolo com a Sociedade Portuguesa de Psicologia do Desporto (SPPD) para acompanhar os jogadores que precisarem de ajuda.
São poucos os que expõem as suas dificuldades e que procuram apoio, seja durante ou no pós-carreira, e desmistificar esta questão é um dos objetivos do programa. “Há um mito de que isto não acontece nos jogadores de alta competição, mas é um fator transversal a toda a sociedade”, diz Duarte Araújo, presidente da SPPD. Sobre o final de carreira, não duvida que é um dos momentos mais marcantes para qualquer desportista, porque “é uma alteração muito grande na vida da pessoa”. “A preparação desse momento deve ser feita com tempo, no sentido de se procurarem outras atividades”, refere. Para quem optar por se afastar do futebol, uma vez encontrado o novo rumo é “fundamental saber transferir as competências da área desportiva para outras áreas profissionais”, refere.
Segundo a Direção-Geral de Saúde, Por tu galé o segundo país europeu com maior prevalência de doenças psiquiátricas e 20% da população apresenta alguma perturbação mental. Se olharmos para os jogadores de futebol, dados internacionais apontam que 43% dosfutebo listas no ativo sofrem de ansiedadeou depressão. Ao terminarem a carreira, estes números baixam para os 35%, mas 18% dos jogadores retirados sofrem de stress e 65% têm uma alimentação desregulada. Um estudo de 2017 refere também que entre 11 e 29% dos jogadores que terminaram a carreira no ano anterior apresentavam perturbações psicológicas.