O Jogo

Como não falar de Bruno de Carvalho?

Se há algo de que o máximo mandatário leonino não pode ser acusado é de não ter dado o seu melhor para monopoliza­r atenções

- João Araújo joao.araujo@ojogo.pt

Poderia o futebol, mais ainda numa semana como a que passou, sobreviver sem as “lições” que nos proporcion­a o presidente do Sporting?

N unca como agora, olhando aos acontecime­ntos da semana, se impôs a pergunta: como não falar desse compêndio de tudo o que não deve ser um líder chamado Bruno de Carvalho? Depois de termos sido brindados com a oportunida­de de viver um momento para a história do futebol como foi aquele golo estratosfé­rico de Cristiano Ronaldo à Juventus, no estádio da equipa italiana e numa partida a eliminar da Liga dos Campeões, como não falar de Bruno de Carvalho? Um dia depois desse Juve-Real, a Champions voltou a proporcion­ar um daqueles momentos capazes de fazer pensar que tudo o que aconteceu antes, todos os jogos e todos os golos da fase de grupos e dos oitavos de final foram apenas um preâmbulo desse megagolpe de teatro que constituiu a derrota do favorito Manchester City em Liverpool. A essa derrota, que complica bastante a passagem da equipa de Guardiola, seguiu-se uma outra, ontem, agora em casa e no dérbi da cidade, contra os arquirriva­is United e José Mourinho, que adiou a festa do título citizen. Os dois golos em três minutos de Pogba que iniciaram a cambalhota no marcador pareceram mesmo uma doce vingança depois de o técnico do City ter dito que recusara o jogador francês, que lhe fora oferecido pelo empresário... Até por isso apetece perguntar: como não falar de Bruno de Carvalho? Internamen­te, dir-se-ia não haver muito mais a destacar. Eventualme­nte, a vitória por 3-0 do V. Guimarães, a primeira de forma tão concludent­e do consulado de José Peseiro; ou, talvez, a forma como o Braga desperdiço­u duas vantagens na Feira e a chance de pressionar a sério o Sporting na luta pelo terceiro lugar; ou, quem sabe, o sofrimento a que o Benfica, sem Jonas, foi submetido em Setúbal durante a maior parte do tempo – deu uma imagem de favorito com pés de barro na jornada que antecede a decisiva receção ao FC Porto, acabando por vencer no último suspiro. Mas isto são apenas as emoções do futebol. Depois de tudo, não falar de Bruno de Carvalho seria...

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