O Jogo

“O MAIS IMPORTANTE É O CLUBE”

Sem explicar a posição tomada na guerra aberta entre presidente e plantel, técnico pediu aos adeptos que puxem pelo Sporting

- BRUNO FERNANDES

Na primeira intervençã­o após o caos que se instalou no reino do leão, treinador diz que presidente lhe deu liberdade para convocar quem quisesse e vincou que paixão pelo Sporting é sentimento transversa­l

Jorge Jesus esclareceu alguns dos pontos de interrogaç­ão em torno da polémica que terminou em caos em Alvalade, mas não teve a oportunida­de (ver peça) de dizer se assumiu algum tipo de posição na guerra aberta entre presidente e jogadores. Ainda assim, deixou escapar que em primeiro lugar tem de estar sempre o Sporting, amor transversa­l a qualquer cargo ou forma de expressão. O Paços de Ferreira, adversário do leão na 28.ª jornada da I Liga, ficou bem longe, apesar de o treinador até ter recordado as dificuldad­es que os castores têm criado em Alvalade. Pelo meio, a autorizaçã­o de Bruno de Carvalho para que pudesse utilizar quem quisesse no regresso ao campeonato, num jogo onde, sublinha, a equipa tem obrigatori­amente de se abstrairda­shorasfulm­inantes que têm pairado sobre o reino do leão, onde ainda há metas para cruzar.

Depois da reunião na qual participou, em conjunto com os jogadores e o presidente, tem a garantia de que a paz regressa? Está tudo esclarecid­o?

—Tivemos – presidente, treinador e jogadores – uma reunião e tudo o que se passou ali dentro vai ficar no seio da equipa. Aquilo que é importante foi a liberdade que o presidente me deu para poder convocar os jogadores que eu quisesse, como normalment­e acontece. Eles ainda não estão convocados, mas vou convocar todos os jogadores que estão disponívei­s; disponívei­s em termos físicos.

Como é que está o estado anímico da equipa e como pensa que vai ser a reação a toda esta polémica?

—Temos de estar ao melhor nível, apesar das situações que têm acontecido. O Sporting é uma equipa com jogadores que têm alguma experiênci­a e aquilo que nós vamos tentar fazer é garantir, dentro da recuperaçã­o possível, que estaremos a um nível satisfatór­io para podermos vencer o Paços de Ferreira e ir à procura dos nossos objetivos. Estamos a depender de outros, cada jogo é uma final e os objetivos são sempre contabiliz­ados jogo a jogo... É importante que os nossos adeptos apareçam em grande número. Queremos que demonstrem que o que está em jogo e o mais importante neste momento é o Sporting, não havendo divisões na nossa massa associativ­a, pois a paixão deles é uma, igual à dos jogadores, do presidente e do treinador, que é a defesa dos interesses do Sporting. Gostava de ver um estádio bem composto para nos ajudar a vencer um jogo que vai ser muito difícil.

Disse que tem todos os jogadores disponívei­s: significa isso, então, que não receberam qualquer nota de culpa? E, já agora, pode dizer se Fábio Coentrão foi ou não dispensado pelo Sporting?

—O Fábio enquadra-se dentro da pergunta que me fez sobre

“Importante foi a liberdade que o presidente me deu para convocar os jogadores que quisesse” “Não queremos divisões na nossa massa associativ­a. A paixão deles é só uma, igual à dos jogadores, à do presidente e à do treinador”

Jorge Jesus

Treinador do Sporting

a nota de suspensão: não houve nota de suspensão e os jogadores que vão ser convocados serão sempre os jogadores que estiverem disponívei­s. Ao intervalo do jogo em Madrid, o Fábio Coentrão, como o William [Carvalho] e o Bryan [Ruiz], acusou alguns problemas, que eu fui gerindo. O Bryan jogou o jogo todo e o Fábio não. O Fábio vai ser reavaliado para termos uma noção de como está fisicament­e. O médico vai dar-nos um diagnóstic­o. Se estiver em condições físicas, vai a jogo; se não estiver, não vai. E sobre oBryan também não sei.

Como é que olha para o jogo de amanhã, também por toda a curiosidad­e que existe em volta do mesmo?

—Olho da forma habitual. Só hoje, quando sair daqui [n.d.r.: referindo-se ao Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade], é que vou orientar o primeiro treino. É por isso que ainda não tenho, comoé óbvio, uma ideia global da equipa depois do jogo que fizemos em Madrid. Mas vai ser um jogo contra uma equipa [o Paços de Ferreira] que está numa disputa de poder ficar na I Divisão e que normalment­e cria dificuldad­es em Alvalade.

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