Guerreiros falham ultrapassagem ao leão
Minhotos deixam escapar vitória nos descontos
O Braga começou melhor, mas não soube capitalizar a vantagem obtida no primeiro tempo e um golo sensacional de Luís Machado iluminou o jogo, agigantando o Feirense
Talhado para defender, Briseño funcionou como “kryptonite” frente ao super-Braga das sete jornadas anteriores no último suspiro de um jogo rico em emoções. A vitória parecia estar no papo dos visitantes, que voltaram a tirar partido da pontaria e do bom jogo aéreo de Paulinho e Dyego Sousa, mas o jogador mexicano, lançado no segundo tempo para render o lateral Kakuba, fez questão de voar entre os defesas contrários e, de cabeça, abriu alas para um precioso empate. O Feirense provou que está bem vivo na luta pela manutenção e fê-lo contra uma das mais fortes equipas do principal campeonato português, que teve de se contentar com a colagem ao Sporting no terceiro lugar, ainda que provisoriamente, quando o objetivo era claramente passar a perna à equipa de Alvalade, mergulhada, como é sabido, numa depressão profunda.
Reflexo, possivelmente, dessa saudável pressão, a verdade é que o Braga bloqueou em momentos cruciais e nem serve de desculpa o facto de Benfica, FC Porto e Sporting, os restantes grandalhões da prova, também terem passado por apuros no mesmo palco. É que o jogo até começou a correr de feição, bem cedo, para o lado dos arsenalistas. Paulinho, certeiro como sempre de cabeça, inaugurou o marcador logo aos 30 minutos e a coisa poderia não ter ficado por ali até ao intervalo; para alívio dos fogaceiros, Wilson Eduardo e Ricardo Esgaio é que não aproveitaram as oportunidades que foram surgindo e o problema acabaria mesmo por se transformar, já no segundo tempo, numa espécie de pandemia no universo bracarense, afetando, imagine-se, o próprio Paulinho. Pé ante pé, o Feirense foi tomando conta do jogo e Luís Machado, num remate estupendo de fora da área, materializou esse ascendente, atirando o Braga para trabalhos forçados. Após golo anulado a Esgaio por indicação do VAR (70’), Dyego Sousa saltou da cartola de Abel com brilho, mas Manta Santos também não ficou nada mal no jogo dos bancos. Briseño fez o resto.