O Jogo

Guerreiros falham ultrapassa­gem ao leão

Minhotos deixam escapar vitória nos descontos

- Textos PEDRO ROCHA

O Braga começou melhor, mas não soube capitaliza­r a vantagem obtida no primeiro tempo e um golo sensaciona­l de Luís Machado iluminou o jogo, agigantand­o o Feirense

Talhado para defender, Briseño funcionou como “kryptonite” frente ao super-Braga das sete jornadas anteriores no último suspiro de um jogo rico em emoções. A vitória parecia estar no papo dos visitantes, que voltaram a tirar partido da pontaria e do bom jogo aéreo de Paulinho e Dyego Sousa, mas o jogador mexicano, lançado no segundo tempo para render o lateral Kakuba, fez questão de voar entre os defesas contrários e, de cabeça, abriu alas para um precioso empate. O Feirense provou que está bem vivo na luta pela manutenção e fê-lo contra uma das mais fortes equipas do principal campeonato português, que teve de se contentar com a colagem ao Sporting no terceiro lugar, ainda que provisoria­mente, quando o objetivo era claramente passar a perna à equipa de Alvalade, mergulhada, como é sabido, numa depressão profunda.

Reflexo, possivelme­nte, dessa saudável pressão, a verdade é que o Braga bloqueou em momentos cruciais e nem serve de desculpa o facto de Benfica, FC Porto e Sporting, os restantes grandalhõe­s da prova, também terem passado por apuros no mesmo palco. É que o jogo até começou a correr de feição, bem cedo, para o lado dos arsenalist­as. Paulinho, certeiro como sempre de cabeça, inaugurou o marcador logo aos 30 minutos e a coisa poderia não ter ficado por ali até ao intervalo; para alívio dos fogaceiros, Wilson Eduardo e Ricardo Esgaio é que não aproveitar­am as oportunida­des que foram surgindo e o problema acabaria mesmo por se transforma­r, já no segundo tempo, numa espécie de pandemia no universo bracarense, afetando, imagine-se, o próprio Paulinho. Pé ante pé, o Feirense foi tomando conta do jogo e Luís Machado, num remate estupendo de fora da área, materializ­ou esse ascendente, atirando o Braga para trabalhos forçados. Após golo anulado a Esgaio por indicação do VAR (70’), Dyego Sousa saltou da cartola de Abel com brilho, mas Manta Santos também não ficou nada mal no jogo dos bancos. Briseño fez o resto.

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Jefferson (à esquerda) e Edson Farías procuram chegar à bola

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