O Jogo

DEFESA À PROVA DE BALA É ARMA CONTRA OS RIVAIS

Um só golo sofrido em cinco clássicos é marca tão rara que só em 2002/03, com José Mourinho, os dragões se lembram de algo do género. Na altura, porém, em menos um desafio

- ANDRÉ MORAIS

O FC Porto consente praticamen­te o mesmo número de remates em jogos contra Benfica e Sporting e nos outros, contra adversário­s “inferiores”. Terceiro médio tem sido parte da chave

Uma defesa à prova de rivais é argumento forte para que Sérgio Conceição acredite que o FC Porto, pelo menos, não perderá na Luz. A consistênc­ia defensiva da equipa começou por impression­ar ainda em 2017, apresentou alguma quebra no início de 2018, mas chega a esta altura com uma média de 0,78 golos sofridos por jogo, o que é bastante aceitável, na medida em queéo31.º melhor registo em 84 temporadas já disputadas pelo FC Porto. Os números dos clássicos, porém, são capazes de impression­ar: apenas um golo sofrido em cinco jogos grandes já disputados, precisamen­te no último, contra o Sporting, para a Liga.

Para encontrar algo assim, é obrigatóri­o recuar ao primeiro ano de José Mourinho no Dragão. Em 2002/03, os portistas também só sofreram um golo dos seus rivais diretos, mas em quatro jogos disputados. Em 2017/18, já vão em cinco partidas e há mais duas na calha: o clássico de domingo, na Luz, e o de quarta, em Alvalade, para a Taça de Portugal. Boa parte do sucesso dos dragões nas duas provas depende da capacidade para manter a baliza à prova dos rivais.

Se, em anos anteriores, há memória de jogos em que os rivais dispuseram de muitas ocasiões de golo, nesta época nem tanto. Aliás, o que mais impression­a é que o FC Porto consegue manter um adversário grande praticamen­te à mesma distância da baliza de Casillas do que um adversário teoricamen­te mais fraco. Basta somar e dividir: contra os grandes, o FC Porto permite 7,2 remates por jogo, em média; nos outros jogos, consente 7,1. Ou seja, praticamen­te o mesmo, quando o valor dos jogadores e das equipas é completame­nte diferente. Mérito para a estratégia que Sérgio Conceição tem definido e que, quase sempre, passa pela inclusão de um terceiro médio no espaço central. Em dois jogos, o treinador manteve o 4x4x2 original. Num deles sofreu...

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