“Dois pesos? É um facto”
Abel não retira uma vírgula às queixas do clube sobre arbitragens
À espera de um Paços de Ferreira “muito competitivo”, Abel abstém-se de lamentar as ausências, por castigo, de Bruno Viana e Vukcevic, garantindo que a equipa não depende de “individualidades”
A luta pelo terceiro lugar está bem quente e o Braga não desarma, como fez questão de expressar na passada segundafeira através de um comunicado mordaz em que considerou ter sido lesado em cinco pontos, para além de garantir que o Sporting foi beneficiado em seis. A sociedade desportiva denunciou “dois pesos e duas medidas” nas decisões dos árbitros, não sendo, de modo algum contrariada pelo técnico Abel Ferreira. “O que está dito está dito. Estamos a falar de factos, não vou pronunciarme mais sobre isso. Vamos continuar a fazer o nosso trabalho que tem sido duro”, observou, prevendo uma montanha de dificuldades em Paços de Ferreira. “As duas equipas vão querer vencer este jogo, ainda que por razões diferentes. O Paços é uma equipa muito competitiva e organizada. Tivemos a oportunidade de analisá-los contra equipas grandes, do nosso nível”, contou.
Para trás ficou um empate amargo em Santa Maria da Feira. O Feirense chegaria à igualdade já no tempo extra, mas não deixou os minhotos em depressão profunda. “A semana foi exatamente igual às outras. Esta equipa sabe bem o que quer e o que faz. Foi dos jogos em que tivemos mais oportunidades flagrantes. Tivemos bolas no poste. Os jogadores devem sentir-se orgulhosos”, sublinhou, garantindo não ser supersticioso a propósito de o jogo com os castores acontecer numa sexta-feira 13. “A minha única superstição é dar o meu melhor. Aliás, até digo que sou um indivíduo com sorte: todos os dias, quando me levanto ou me deito, agradeço o meu dia. Farei isso amanhã. A minha filosofia de vida é ser feliz e fazer felizes os outros que estão comigo”, referiu.
Dito isto, as revelações ficaram por aqui. Sem lamentar as suspensões do central Bruno Viana e do médio Vukcevic, o treinador recusou “abrir o jogo”. “Não sou de inventar, sei em que posições os jogadores gostam de atuar. Esta equipa também não depende das individualidades.Vamosapresentar uma equipa competitiva”, assegurou, partilhando pelo grupo o prémio de treinador de março. “Não há bons treinadores sem jogadores”, juntou.
“Analisei o Paços de Ferreira contra equipas grandes, do nosso nível” Abel Ferreira Treinador do Braga