O Jogo

Oblak sereno e eficaz perante o desassosse­go

- BRUNO FERNANDES

Simeone esperava um leão diferente, Jesus fez-lhe a vontade, mas ainda assim conseguiu surpreende­r o argentino. Na etapa inicial, o Sporting dominou os de Madrid, que para fazer três passes seguidos tinham de pedir licença. Oblak foi, de facto, o herói colchonero, com quatro defesas de exigência alta, mostrando serenidade e lucidez, algo que faltou aos sectores mais adiante.

Defesa Foi o cargo dos trabalhos para a linha mais recuada conseguir acertar as marcações a um ataque do Sporting móvel e irreverent­e. Godín teve de meter ordem nos colegas, pois nem os laterais Juanfran e Lucas nem o companheir­o de eixo Savic sabiam o que andavam a fazer. Simeone corrigiu o posicionam­ento ao intervalo e no fim valeu a experiênci­a e capacidade para cortar bolas pelo ar. Voltando ao ex-Benfica, atenção às “paradas” aos remates de Coates (11’), Bryan (36’), Montero (64’) e ainda Bruno Fernandes (69’).

Meio-campo Foi por aqui que o Sporting ia levando a eliminatór­ia para prolongame­nto: nem Saúl nem Gabi tiveram o discernime­nto para meter a bola no chão e tirá-la das muitas zonas de pressão que a equipa de Jesus foi criando. Koke tentou puxar da sua classe, mas só o conseguiu fazer na segunda metade. Vitolo tentou ajudar a fechar o corredor, mas quase sempre sem êxito.

Ataque O melhor elogio à forma como o Sporting foi perfeito em quase toda a linha é o facto de o Atlético de Madrid só ter disparado pela primeira vez à baliza de Patrício ao minuto 57, por Griezmann. O francês, que na primeira parte quase não tocou na bola, deu o primeiro aviso ao guardião dos leões que, pouco depois saiu, destemido, aos seus pés. Aos 82’, a grande perdida, com o francês a isolar-se, mas a atirar ao lado. Reinventou-se depois da entrada de Torres, que deu mais fulgor ao Atlético.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal