O Jogo

Jorge Jesus “Sabia que os ia surpreende­r com este sistema”

ESTRATÉGIA Técnico leonino gostou do desempenho da sua equipa e assumiu que pensou jogar em Madrid com três centrais: “Ficou um amargo de boca, era para ter jogado assim lá, mas hesitei”

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Apesar de uma “saída inglória da Liga Europa”, o técnico destacou os primeiros setenta minutos da partida. “Sabíamos que, se passássemo­s, éramos grandes candidatos a ganhar a Liga Europa”, atirou

Jorge Jesus elogiou o desempenho da sua equipa frente ao Atlético de Madrid e, apesar de algum “amargo de boca ”, o técnico confessou que foi em Espanha que se podia ter feito mais. “Fica um amargo de boca em Madrid, pois lá hesitei e era para jogar assim. E se tivesse feito isso, não tinha acontecido o que aconteceu, mas não sou bruxo. Procurei a surpresa, superiorid­ade, largura de jogo, aproveitar a forma com eles jogam com o Diego Costa. Tudo teve a ver com ideias e estratégia de jogo, por isso eu sou treinador”, referiu Jesus, que explicou a fórmula para vencer ontem: “Em Portugal, há muito a cultura de que três centrai sé um sistema defensivo, oqueé mentira. Fizemos 70 minutos de grande qualidade e sabia que os ia surpreende­r. Nos últimos 15 minutos alguns jogadores acusaram a carga física e foi preciso mexer. Caímos de pé, com uma grande equipa.”

O treinador gostou da imagem deixada. “Dignificám­os o nome do clube na Europa. Tivemos jogadores [Coentrão, Piccini, William e Bas Dost] que fizeram falta, mas não se pode ter tudo. Os adeptos da Europa já sabem que esteéo Sporting Clube de Portugal não o Sporting de Lisboa”, lançou. A fasquia na prova era, disse, alta e esta foi uma saída “de forma inglória”. “Sabíamos que, se passássemo­s a eliminatór­ia, éramos grandes candidatos à conquista da Liga Europa, pois o Atlético e o Arsenal eram as melhores equipas. Não estamos felizes, mas voltámos a pôr o Sporting na Europa”, explicou o técnico que se volta agora para Liga e Taça de Portugal: “O campeonato está difícil e apostámos sempre as fichas todas nesta competição. Mas estamos em abril e há 40 anos não acontecia estarmos em todas as competiçõe­s, é assim que se cria a mentalidad­e de campeão. Mas 53 jogos é muito jogo e alguns jogadores começam a cair, como hoje o Mathieu.” A nível individual, Jesus frisou que “Montero fez um grande jogo” e entendeu que “Acuña foi o melhor jogador”. Elogiando Oblak, Jesus deixou uma mensagem que pode ser entendida como endereçada... ao presidente. “Em Madrid, Oblak sacou a bola do Gelson com muita qualidade e a do Montero, que obrigou a falhar. Às vezes as pessoas não percebem porque os jogadores falham”, observou o técnico dos leões, depois das críticas de Bruno de Carvalho. Jesus elogiou, ainda, Simeone: “É um grande treinador pois revolucion­ou o Atlético de Madrid, que hoje está ao nível das duas grandes equipas de Espanha. Foi um pensamento como o que tive quando vim para o Sporting.”

“Às vezes há pessoas que não percebem porque os jogadores falham”

“Procurei aproveitar a surpresa, superiorid­ade, largura de jogo e a forma como eles jogam com o Diego Costa”

“Nos últimos 15 minutos alguns jogadores acusaram a carga física. Caímos de pé com uma grande equipa”

“O campeonato está difícil e apostámos sempre as fichas todas na Liga Europa”

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Bruno Fernandes voltou a comandar as operações ante Griezmann e seus pares

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