Gil Vicente é para decidir na AG da Liga
Representantes de 14 clubes – o Rio Ave não compareceu – querem saber como vai ser o campeonato na temporada 2019/20
A violência no desporto, discutida na Assembleia da República, foi olhada com desconfiança por este grupo, considerando que os clubes têm “pessoas de bem, que pagam muitos impostos e ajudam o país”
O movimento criado em outubro do ano passado, conhecido por G15 e que, segundo Rui Pedro Soares, presidente da SAD do Belenenses, se tem “distinguido na indústria do futebol pela seriedade das questões que tem levantado, algumas das quais viabilizadas e acompanhadas pelas instituições nacionais e até por organismos internacionais, casos dos empréstimos”, voltou ontem a reunir-se, desta feita em Lisboa. Um encontro que apenas não contou com a presença do Rio Ave, “que não fez qualquer comunicação”, para além dos três grandes que não têm assento neste movimento.
Da reunião preparatória da próxima Assembleia Geral da Liga, no próximo dia 27, foi debatido o modelo de governação do organismo e uma dúvida que se pretende ver esclarecida.“Tratámos de temas muito importantes, principalmente o que se refere ao Gil Vicente. Merece-nos muita consideração mas igual preocupaçãoem relação àquilo que será o futuro. Por exemplo? Saber se devemos, ou não, integrá-lo na próxima época; se podemos fazer um campeonato com 19 equipas; se devem descer três, se sobe só uma equipa, etc. Tem, sobretudo, a ver com questões financeiras que preocupam o G 15 e temos de saber a sensibilidade da própria Liga”, referiu Carlos Pereira, líder do Marítimo.
Outra das preocupações do grupo prende-se com a violência no desporto, recentemente discutida na Assembleia da República. Uma problemática relativizada pelos integrantes do G15. “Na nossa opinião, não corresponde à verdade. E vamos solicitar à Liga que possamos clarificar a situação, porque os clubes têm pessoas de bem, pagam muitos impostos e contribuem para a visibilidade do país. Por isso nos preocupamos com o que se discutiu na AR, não só com a violência no desporto, mas também com a violência verbal até para mostrar às pessoas que não somos aquilo que elas pensam de nós”, disse Carlos Pereira.
“Se devemos ou não integrar o Gil; se vamos fazer um campeonato com 19 equipas...”
Carlos Pereira
Presidente do Marítimo