BOLAS PARADAS RESOLVEM
Os números que Benfica e FC Porto têm apresentado ao longo do campeonato garantem que é forte a possibilidade de o clássico de amanhã no Estádio da Luz ser decidido num lance de bola parada
Um quinto dos golos de Benfica e FC Porto são marcados a partir de situações de bola parada. No clássico de amanhã, no Estádio da Luz, a probabilidade de o jogo se decidir num destes lances é alta. Apresentamos as tendências de ambos os conjuntos.
O equilíbrio na frente da I Liga não está concentrado nos pontos que Benfica e FC Porto somaram até agora. No número de golos marcados, os encarnados superam os seus rivais apenas por três tentos, enquanto, nos golos sofridos, a defesa dos azuis e brancos se destaca com menos um encaixado.Aprofundandocomosão marcados os golos de cada conjunto, voltamos a encontrar essa noção de equilíbrio no que toca às bolas paradas.
O Benfica marcou 15 vezes a partir desta situação de jogo, dominandoonúmerodegolos a partir de cantos (11 vezes), aos quais se deve acrescer o aproveitamento de oito penáltis em dez tentativas. São 20% dos golos marcados em situações de bola parada, um número do qual o FC Porto se aproxima bastante, com 19% dos seus golos a nascerem destas situações.
A equipa de Sérgio Conceição tem 14 golos somados nestas situações, dez deles a partir de pontapés de canto. No que toca aos penáltis, os números são, no entanto, bastante mais escassos, com os azuis e brancos a aproveitarem apenas duas de cinco tentativas. O dado mais curioso desta análise às bolas paradas do FC Porto é o facto de a equipa não ter finalizado nenhuma destas situações com o pé direito. Poder aéreo em destaque Já na forma como as duas equipas chegam aos golos, encontramos diferenças assinaláveis. No somatório das situações de bola parada, o FC Porto utiliza sobretudo a cabeça para finalizar, com dez golos somados, tendo em Marcano, Felipe e Diego Reyes os nomes que o fizeram duas vezes.
No caso do Benfica, é o pé direito o principal responsável por estas finalizações, com sete golos somados, apenas mais um do que os tentos conseguidos em lances terminados de cabeça. O brasileiro Jonas, o melhor marcador do campeonato, é elemento dominador com sete golos somados, entre livres e pontapés de canto.
O poder aéreo do FC Porto é um elemento a ter em conta, visto que a equipa de Sérgio Conceição não o utiliza apenas nos lances de bola parada. Com uma média de 34 bolas aéreas disputadas na I Liga, o conjunto portista ganha mais de 60% destas situações, enquanto os jogadores treinados por Rui Vitória, disputando uma média de 29,3 bolas aéreas por jogo, apenas ganham 50% dos duelos.
A importância das bolas paradascomoumdosmomentos do jogo já é um dado adquirido. Resta saber se, no clássico de amanhã, será num destes lances que se encontrará o vencedor do encontro.
O FC Porto utiliza sobretudo a cabeça para dar seguimento aos lances de bola parada. Nesse aspeto, Marcano tem sido fundamental tanto em situações defensivas como ofensivas