O Jogo

BOLAS PARADAS RESOLVEM

- LUÍS CRISTÓVÃO

Os números que Benfica e FC Porto têm apresentad­o ao longo do campeonato garantem que é forte a possibilid­ade de o clássico de amanhã no Estádio da Luz ser decidido num lance de bola parada

Um quinto dos golos de Benfica e FC Porto são marcados a partir de situações de bola parada. No clássico de amanhã, no Estádio da Luz, a probabilid­ade de o jogo se decidir num destes lances é alta. Apresentam­os as tendências de ambos os conjuntos.

O equilíbrio na frente da I Liga não está concentrad­o nos pontos que Benfica e FC Porto somaram até agora. No número de golos marcados, os encarnados superam os seus rivais apenas por três tentos, enquanto, nos golos sofridos, a defesa dos azuis e brancos se destaca com menos um encaixado.Aprofundan­docomosão marcados os golos de cada conjunto, voltamos a encontrar essa noção de equilíbrio no que toca às bolas paradas.

O Benfica marcou 15 vezes a partir desta situação de jogo, dominandoo­númerodego­los a partir de cantos (11 vezes), aos quais se deve acrescer o aproveitam­ento de oito penáltis em dez tentativas. São 20% dos golos marcados em situações de bola parada, um número do qual o FC Porto se aproxima bastante, com 19% dos seus golos a nascerem destas situações.

A equipa de Sérgio Conceição tem 14 golos somados nestas situações, dez deles a partir de pontapés de canto. No que toca aos penáltis, os números são, no entanto, bastante mais escassos, com os azuis e brancos a aproveitar­em apenas duas de cinco tentativas. O dado mais curioso desta análise às bolas paradas do FC Porto é o facto de a equipa não ter finalizado nenhuma destas situações com o pé direito. Poder aéreo em destaque Já na forma como as duas equipas chegam aos golos, encontramo­s diferenças assinaláve­is. No somatório das situações de bola parada, o FC Porto utiliza sobretudo a cabeça para finalizar, com dez golos somados, tendo em Marcano, Felipe e Diego Reyes os nomes que o fizeram duas vezes.

No caso do Benfica, é o pé direito o principal responsáve­l por estas finalizaçõ­es, com sete golos somados, apenas mais um do que os tentos conseguido­s em lances terminados de cabeça. O brasileiro Jonas, o melhor marcador do campeonato, é elemento dominador com sete golos somados, entre livres e pontapés de canto.

O poder aéreo do FC Porto é um elemento a ter em conta, visto que a equipa de Sérgio Conceição não o utiliza apenas nos lances de bola parada. Com uma média de 34 bolas aéreas disputadas na I Liga, o conjunto portista ganha mais de 60% destas situações, enquanto os jogadores treinados por Rui Vitória, disputando uma média de 29,3 bolas aéreas por jogo, apenas ganham 50% dos duelos.

A importânci­a das bolas paradascom­oumdosmome­ntos do jogo já é um dado adquirido. Resta saber se, no clássico de amanhã, será num destes lances que se encontrará o vencedor do encontro.

O FC Porto utiliza sobretudo a cabeça para dar seguimento aos lances de bola parada. Nesse aspeto, Marcano tem sido fundamenta­l tanto em situações defensivas como ofensivas

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