O improvável Óliver Torres
Não convence Conceição, mas tem números muito acima da média
Entre dragões e leões, o espanhol é quem mais passa, quem mais pede a desmarcação dos colegas e o melhor recuperador. Em todos os rankings foram excluídos jogadores sem utilização significativa
Num “quiz” em que as respostas tenham de ser jogadores do Sporting e do FC Porto, há respostas tão óbvias que poucos pontos valeriam. Quem é o jogador que mais cruza ou qual o melhor driblador são duas delas. Alex Telles e Brahimi são, sem surpresa, os melhores a esse nível, sendo que não só são os reis nesses itens particulares entre os plantéis de FC Porto e Sporting, como também os melhores do campeonato português. Em alguns dos vários rankings analisados há, porém, surpresas. Óliver Torres é, eventualmente, a maior de todas.
O espanhol do FC Porto é o jogador que mais participa no processo coletivo da equipa. É ele quem mais passes faz por cada 90 minutos de jogo: 59 passes por jogo, mais dois do que William Carvalho, o melhor leão neste aspeto. O mais eficaz até é André André, novamente à frente de William, mas com diferença muito curta entre todos os médios dos respetivos plantéis. O que também surpreende é que Óliver, tantas vezes acusado de ser pouco vertical, ser o jogador com mais tentativas de desmarcação: 2,7 passes para ocasião por jogo, mais do que Bruno Fernandes, que tem 2,3 por 90 minutos e é, dos médios dos dois clubes, o mais equilibrado em todos os itens ofensivos, pois aparece sempre entre os três primeiros lugares.
Óliver é ainda o médio que mais bolas recupera, entre interceções, desarmes ou roubos de bola. São 7,3 recuperações por jogo, mais duas do que Danilo, por exemplo. O Comendador é o que mais duelos individuais ganha, ligeiramente acima de William. Mas, de cabeça, o melhor é sportinguista e nem é central: Piccini. O equilíbrio com Felipe, Coates, Danilo, William e Marcano é, porém, muito grande. Como noutros rankings, aliás.