O Jogo

NÃO HÁ JOGADORES DESMOTIVAD­OS

-

Recentemen­te, numa empresa em que colaborei, passou-se algo que só comprova elucidativ­amente tudo o que para trás ficou dito. Perante a desmobiliz­ação e descrença evidente de muitos dos seus quadros mais antigos, viciados num conjunto de atitudes e comportame­ntos muito pouco empenhados, foram contratado­s seis quadros jovens, recentemen­te licenciado­s, cujos desempenho­s iniciais correspond­eram em absoluto às necessidad­es. Passados no entanto seis meses, era praticamen­te impossível distingui-los! A acomodação tinha-se generaliza­do, comprovand­o, por isso, que sempre que aqueles que lideram não sabem ou não conseguem distinguir e premiar desde o primeiro momento as atitudes e comportame­ntos que evidenciam empenho e dedicação à causa comum, seja ela qual for (equipa de clube, empresa, repartição, etc.), são óbvias as regressões em termos motivacion­ais entretanto verificada­s no conjunto da equipa ou da organizaçã­o. O contexto e as circunstân­cias em que os jogadores trabalham são, assim, a razão poderosa que conduz à desmobiliz­ação e à falta de empenho. E a este nível importa deixar bem claro que não há jogadores ou equipas desmotivad­as. O que há, sim, são treinadore­s (e presidente­s!) incapazes de mobilizare­m aquilo que todo o ser humano possui. Uma vontade indómita de se afirmar e destacar e, por essa via, alcançar o sucesso pretendido.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal