O Jogo

“Sucessor de Arsène Wenger? Eu...”

- Ex-jogador do Arsenal, agora observador

1 Foi acertada esta decisão de Arsène Wenger? E foi tomada na altura certa?

—Por mim, ele continuava, mas sou suspeito porque foi a pessoa que me levou para Inglaterra e que me deu a mão várias vezes. Aproveito para lhe mandar um “muito obrigado” por tudo o que fez por mim enquanto estive no clube e, depois quando saí, por ter voltado a acolher-me para desempenha­r esta função que agora ocupo. Sintome muito agradecido. Era o meu segundo pai em Inglaterra.

2 Qual o momento mais marcante que teve com ele?

—Foi nos quartos de final da Taça de Inglaterra, em 1997/98, contra o West Ham. Fomos a penáltis e ele, sem saber se eu marcava bem ou não, escolheu-me para rematar. “Não tenhas medo e vai bater”, disse-me. E assim foi. Eu marquei golo, passámos a eliminatór­ia e no fim demos um abraço. Foi um momento marcante. Significav­a que confiava em mim, que apreciava a minha qualidade e gostava da minha personalid­ade.

3 Tem algum favorito para a sucessão?

—Sim... eu [risos]. Estou na brincadeir­a. Fui apanhado de surpresa e nem pensei bem no assunto. Mas o Arsenal tem perfil de equipa que joga bom futebol, com jogadores tecnicamen­te evoluídos e por isso esperemos que venha um treinador que dê continuida­de ao estilo. Mas quem vier terá sempre tarefa difícil. Tal como tem acontecido no Manchester United em relação à sucessão de Alex Ferguson, em que as coisas não têm sido fáceis.—R.C.

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