Não foi preciso Ronaldo
Alemães marcaram primeiro, mas os madridistas deram a volta
Um ano depois, então nos quartos de final, repete-se o resultado: o Real Madrid vence por 2-1 o Bayern em Munique, no jogo da primeira mão, agora nas meias-finais da Champions. E uma vez mais com reviravolta no marcador, depois de os bávaros terem marcado primeiro. Um desafio em que pode se aplicar perfei- tamente a máxima de Gary Lineker, o antigo ponta de lança inglês, que afirmou: “O futebol são 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha”, só que neste caso substitua-se a Alemanha (de onde é o Bayern) por Real Madrid, a equipa mais bem-sucedida na história da Taça/Liga dos Campeões e que procura chegar ao 13.º título, terceiro consecutivo. Um conjunto merengue que fez também história ao tornar-se o primeiro a vencer os bávaros em seis jogos consecutivos...
Para o bicampeão europeu, o resultado, é justo dizê-lo, foi bem melhor que a exibição, perante um adversário que foi perseguido por azares e só ficou a perder na eficácia em frente à baliza. Heynckes apresentou um onze muito ofensivo – com Robben, Muller, James e Ribéry no apoio a Lewandowski –, enquanto Zidane foi mais cauteloso, deixando Cristiano Ronaldo praticamente sozinho na frente, o que explica as di- ficuldades que este encontrou para alvejar a baliza.
Os azares no Bayern começaram com a lesão de Robben (8’), mas, ainda assim, numa fase em que o Real controlava as operações, Kimmich abriu o marcador (28’), surpreendendo um mal colocado Navas. Seguiram-se 15 minutos de domínio absoluto dos bávaros e ocasiões sucessivas perdidas por Ribéry (duas vezes), Hummels e Muller. Heynckes desesperava e com razão. Do nada, um tiro de Marcelo, aos
O Bayern Munique perdeu pela primeira vez na história seis desafios consecutivos contra o mesmo adversário
44’, de fora da área valia o empate, chegando depois o intervalo com mais duas ocasiões perdidas por Lewandowski (cabeceou à figura) e Muller (atirou ao lado na pequena área).
Tocado, Isco cedeu o lugar a Asensio e a jovem pérola merengue seria decisiva. Aos 57’, já depois de o CR7 (48’) ter ameaçado a baliza de Ulreich, um erro imperdoável de Rafinha proporcionou o segundo golo ao Real Madrid; Lucas Pérez intercetou o mau passe do defesa brasileiro e depois isolou Asensio, que faturou sem dificuldades. Quase sempre empurrado por um incansável Ribéry, que amargou a vida a Carvajal e a todos os que lhe surgiram pela frente, o Bayern viu Navas negar dois golos ao francês (59’ e 63’), enquanto Lewandowski (88’) teve a última grande oportunidade nos pés, mas atirou ao lado. Antes, aos 71’, Ronaldo vira um golo anulado por domínio de bola com o braço.