Fado de Mateus estava traçado
Extremo selou a permanência no CdP com um golo aos 90’+2’, frente ao Cesarense
Foi com um golo de Mateus Rodrigues que o emblema de São João da Madeira se conseguiu manter no Campeonato de Portugal. Colega Pedro Santos já tinha dito ao brasileiro que ele ia entrar e resolver
A Sanjoanense foi literalmente o último clube a garantir a permanência no Campeonato de Portugal. Os alvinegros até nem estavam obrigados a vencer o Cesarense, só que as vitórias de Canelas, Pedras Rubras e Trofense obrigavam o conjunto de Fernando Pereira a marcar na vila de Cesar. Com os minutos a passarem, a ansiedade começou a tomar conta de jogadores e adeptos, iminente que estava o regresso, quatro anos depois, ao distrital de Aveiro. Foi então que, aos 90’+2’, Mateus Rodrigues marcou, deu a salvação ao emblema de São João da Madeira e fez estalar a festa. “Foi o golo mais importante da minha carreira. Estou muito honrado de ter sido o autor do golo que manteve este clube histórico no CdP”, conta o extremo de 24 anos.
O brasileiro vinha de cinco partidas consecutivas a titular, mas a meio da semana apercebeu-se de que iria para o banco. Pedro Santos, defesacentral da Sanjoanense, viu o desânimo do colega e deu-lhe um alento extra. “Ele disseme durante a semana inteira queeuiaentraremarcar.Agradeço muito a confiança que ele me passou”, revela. De facto, o ala entrou aos 38’ para substituir o lesionado Mailó e teve ainda uma espécie de outra premonição daquilo que viria a acontecer. “Dentro de campo ouvimos os adeptos do Cesarense a festejar o golo do Pedras Rubras. Aí, a ansiedade tomou conta de nós. Um adepto disse-me que íamos descer e eu disse-lhe: ‘Fica calmo que vou marcar o golo.’ Logo a seguir marquei...”, relata.
O golo deu origem a uma mini-invasão de campo e a uma receção por parte dos adeptos no regresso a casa. “Este clube é histórico e não podia descer”, vinca.
“Disse a um adepto para ter calma que eu ia marcar. Logo a seguir marquei”
Mateus Rodrigues
Extremo da Sanjoanense