Ameaças anulam jogo contra Israel
A partida agendada para Jerusalém foi cancelada por iniciativa da AFA, depois de mensagens intimidatórias contra Messi
Federação israelita vai apresentar uma queixa na FIFA contra a congénere da Palestina devido às declarações do presidente desta última, qualificadas de “terrorismo futebolístico”
Está definitivamente cancelado aquele que deveria ser o último jogo da Argentina na preparação para o Mundial. A Alviceleste deveria jogar depois de amanhã em Jerusalém, contra Israel, mas ameaças a Messi e sua família motivaram que os argentinos não quisessem disputar a partida.
“Ojogofoisuspensoporuma única razão: as ameaças de morte a Messi e sua família”, assumiu Miri Regev, ministra da Cultura e Desporto de Israel, exibindo depois fotos de camisolas da Argentina ensanguentadas. E prosseguiu: “Estas fotos demonstram que elementos terroristas ameaçaram as vidas de Messi, família e outros jogadores. É o velho/novo terrorismo que aterroriza desportistas, que causou o massacre de Munique [JO’1972].” A ministra israelita negou ainda que tenha sido a decisão de realizar o jogo em Jerusalém, em vez de Haifa, como esteve previsto, a motivar a suspensão do mesmo.
Desde que se confirmou o cancelamento do jogo, o caso tornou-se político e o primeiro-ministro de Israel, Benja- min Netanyahu, falou com Mauricio Macri, presidente da Argentina, para tratar da questão. A agência Efe garante que fonte do governo argentino confirmou a conversa entre os dirigentes políticos e que Macri se inteirou junto da federaçãoargentina(AFA)dasrazões para anular a partida.
Em Barcelona, onde a seleção treinada por Jorge Sampaoli continua a treinar-se, Claudio Tapia, presidente da AFA, pediu entregando “desculpas à comunidade israelita”, explicando: “A minha
“O jogo foi suspenso por uma única razão: as ameaças de morte a Messi e sua família” Miri Regev Ministra da Cultura e Desporto de Israel
função é zelar pela segurança de todo o grupo. Deixamos em aberto a possibilidade de poder jogar contra Israel num outro momento.”
Entretanto, a federação israelita de futebol anunciou ontem que vai apresentar, na FIFA, uma queixa contra a congénere da Palestina “por ato de terrorismo futebolístico”. Isto em virtude das declarações de Jibril Rajoud, presidente desta última, que pediu recentemente aos adeptos para queimarem fotos e camisolas de Messi.