“Conti é um projeto interessante”
Brighton e West Ham na pista de Seferovic
Numa breve análise à última temporada, o defesa argentino refere que “não se pode ser campeão todos os anos”. Mas também acredita que na próxima época tudo será diferente
FEDERICO DEL RIO (Argentina) Lisandro explica a O JOGO que a sua utilização quase nula no Inter (45 minutos) na meia época de empréstimo derivou da consistência dos centrais Miranda e Skriniar. Mas frisa que a experiência valeu pela aprendizagem. O que espera para a nova época? Continuar no Benfica ou procurar novos horizontes na carreira? —Para já devo apresentar-me no clube [Benfica] até porque tenho contrato até 2021. Irei para Lisboa no início da prétemporada e falarei com o treinador Rui Vitória para saber se ele conta ou não comigo para a próxima época. Se me disser que não, então irei estudar as opções e as ofertas que existirem vindas de outros lados. De outras equipas do futebol português? —Eu sinto-me muito identificado com o Benfica e, por isso, não iria para outro clube em Portugal nem nenhum deles me iria procurar. Por que razão o Benfica falhou o título? —O FC Porto tinha um bom plantel e também não se pode ser campeão todos os anos. O Benfica lutou pelo campeonato como faz sempre, pois é o maior clube do país, mas, desta vez, não conseguiu ser campeão. Na próxima temporada, no entanto, estou certo de que irá recuperar o lugar de núme-
Da passagem por Itália, Lisandro destaca os ensinamentos táticos que recebeu. Em particular, realça o trabalho que o compatriota Icardi lhe dava nos treinos
ro um, pela qualidade e história que o clube tem. E a nível internacional, o que falta ao Benfica para chegar mais longe? —Atualmente, no futebol europeu,existemclubesgrandes como Real Madrid, Barcelona, Bayern e Manchester City, eles são os grandes “donos” da Liga dos Campeões no presente. Depois, num plano secundário, surgem equipas como PSG, Juventus, Benfica, Atlético de Madrid e mais um ou outro clube inglês ou italiano. Por isso, chegas onde podes chegar e, por vezes, até consegues uma surpresa, apesar do domínio dos quatro maiores. Que balanço faz pelo Inter?
da passagem —Em relação àquele que era o meu objetivo inicial, que era poder jogar mais minutos, tenho de ser sincero e dizer que o balanço não é positivo pois fiquei longe de o conseguir. Não me pude mostrar como queria e desejava. Mas, por outro lado, aprendi muito na liga italiana, que é uma escola para um defesa pela aprendizagem tática e pela forma como se treina. Tive de fazer várias vezes marcação a Mauro Icardi [avançado argentino do Inter] nos treinos e isso ajudou-me muito. Como explica o facto de não ter jogado com regularidade? —O treinador olhava para mim como estando num patamar abaixo dos meus companheiros de equipa. Os titulares eram Miranda e Skriniar que se mostraram num nível alto toda a temporada, sendo importantes pela ajuda que deram no apuramento da equipa para a Champions.
Elogio ao colega “Conti é um projeto bastante interessante” LISANDRO DIZ “O Benfica lutou pelo campeonato como faz sempre, pois é o maior clube do país, mas, desta vez, não conseguiu ser campeão. Na próxima época recupera o lugar”
“O treinador do Inter via-me num patamar abaixo” “Sinto-me identificado com o Benfica e, por isso, não iria para outro clube em Portugal
“Real Madrid, Barcelona, Bayern e Manchester City são os donos da Champions. Mas, por vezes, há surpresas” “O meu balanço no Inter não foi positivo”
A contratação do compatriota Conti, central que chega à Luz vindo do Colón, é vista como uma aposta certa por Lisandro. “Não tive oportunidade de falar com ele, mas sei que é um grande futebolista e um projeto bastante interessante. No Benfica, Conti irá encontrar o espaço ideal para crescer e potenciar-se, pois este clube é um bom lugar para qualquer jogador”, frisa Lisandro, que deixa mensagem, quase de despedida, aos adeptos encarnados: “Tenho-os no coração, sou um adepto do clube e, se tiver de ir para outro lugar, estarei sempre a apoiá-los.”