O Jogo

SANTOS QUER FAZÊ-LOS CORRER

Detetores de metais, cães e dispositiv­os de imobilizaç­ão de viaturas: segurança máxima no quartel-general

- Textos MANUEL CASACA Fotos LEONEL DE CASTRO

“Não assino por baixo o empate”

“Eles não gostam de andar atrás da bola”

Treinador garantiu que a estratégia de Portugal passa por ter iniciativa de jogo, até porque o adversário da primeira jornada não gosta de andar atrás da bola. O técnico recusa ainda jogar para o empate

Em equipa que ganha não se mexe e nos bons hábitos também não. E, se em Marcoussis, Fernando Santos falava aos jornalista­s portuguese­s, em Moscovo, manteve a tradição e ontem todos os representa­ntes da comunicaçã­o social portuguesa tiveram o direi toe a oportunida­de de colocar uma pergunta ao selecionad­or nacional. Mas com um ponto prévio: abordava apenas questões relacionad­as com o Mundial’2018. Os jornalista­s até podiam fazer perguntas sobre outros assuntos colaterais, mas foram logo avisados que a resposta seria o silêncio. O momento conturbado do futebol português justificav­a a decisão do técnico. A poucos dias do jogo com a Espanha, ainda tem muitas dúvidas no onze que vai apresentar? —Há sempre algumas dúvidas, mas aquele que é o grosso já não há muitas dúvidas. Os últimos treinos também são importante­s, além de que tenho os meus homens a observar a Espanha. Mas antes do jogo com a Espanha vou dormir tranquilo, porque os 23

“Não viemos aqui para participar no campeonato do mundo, viemos para ganhar jogo a jogo” Fernando Santos Selecionad­or nacional

jogadores estão preparados e numa excelente condição. Portugal vai jogar em 4x4x2 ou 4x3x3? —Temos de manter a nossa filosofia de jogo, sabendo que depois existem ações defensivas e ofensivas que podem alterar a situação, mas ainda nos dois últimos jogos apresentám­os o modelo habitual com dois avançados. Aequipa é o 4x4x 2, mas por vezes jogámos em 4x3x3. Jogar com André Silva ou Gonçalo Guedes ao lado de Cristiano Ronaldo depen--

de das caracterís­ticas do adversário? —Depende sempre. Analisando os pontos fortes e fracos do adversário, pode levar a algumas alterações no nosso jogo. Muitas vezes perguntam por que não joga um determinad­o jogador que está bem, mas é precisamen­te por isso, depois dessa análise ao adversário. Um empate com a Espanha seria um bom resultado? —Não assino nada por baixo. Não viemos aqui para participar no campeonato do mundo, viemos para ganhar jogo a jogo. Vamos trabalhar para vencer a Espanha, uma equipa fortíssima, com jogadores que foram campeões de Espanha, de Inglaterra e que venceram a Liga dos Campeões. Além disso, o Lopetegui conhece bem o futebol português e está há muito ligado a esta seleção espanhola. O que é preciso para derrotar os espanhóis? —Como a Espanha tem muita posse de bola, há que retirá-la ao adversário. Temos de ter bola e temos de fazer com que a Espanha corra atrás dela, porque é uma seleção que não gosta tanto de correr. Para isso temos de impor o nosso jogo, porque a Espanha gosta de adormecer o adversário. Na Rússia a equipa não tem o apoio que teve em Marcoussis. Sente que isso pode ser uma desvantage­m? —Preferíamo­s ter o apoio do público, como aconteceu em Marcoussis, principalm­ente naqueles momentos menos fortes. Os jogadores sentem esse apoio quando a equipa não está a ganhar. Temos de ser nós a trazer o público.

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