Génio de Neymar instala otimismo
Exibição segura do Brasil na Áustria em vitória por 3-0 com protagonismo do camisola 10, ao assinar golo de antologia
Qualidade técnica de Neymar foi demasiada para Schopf e restantes austríacos ÁUSTRIA BRASIL Estádio Ernst Happel, em Viena Viktor Kassai (Hungria)
Lindner; Dragovic (Danso 70’), Prodl e Hinteregger; Lainer, Baumgartlinger, Grillitsch (Zulj 66’) e Alaba; Schopf (Hierlander 58’), Arnautovic e Schlager (Burgstaller 58’)
Franco Foda Alisson; Danilo, Thiago Silva (Marquinhos 60’), Miranda e Marcelo (Filipe Luís 67’); Paulinho, Casemiro (Fernandinho 61’), Coutinho (Taison 76’); Willian, Gabriel Jesus (Firmino 67’), Neymar (Douglas Costa 84’)
Tite Gabriel Jesus (36’), Neymar (63’), Coutinho (69’)
Schopf (38’), Prodl (54’), Neymar (63’)
nada a assinalar 0 3
O Brasil não precisou de acelerar muito para se impor com tranquilidade por 3-0 a uma seleção austríaca renovada e que, uma semana antes, havia surpreendido a Alemanha (2-1). O regresso à titularidade de Neymar, quatro meses depois, significou a única mexida no onze de Tite face ao desafio com a Croácia – implicando o recuo de Coutinho e o “sacrifício” de Fernandinho – e o astro brasileiro assinaria o lance mais espetacular em Viena, aos 63’. Uma finta curta que sentou e humilhou Dragovic (substituído pouco depois) no 2-0.
Um bom teste para o Escrete frente a uma equipa concentrada em fechar os espaços de progressão,algoqueprevêseja comum à Suíça, no próximo domingo em Krasnodar. Na primeira parte, sem imprimir um ritmo forte, o Brasil recorreu sobretudo à meia distância, com Casemiro a atirar às malhas laterais logo aos 7’. E foi também um disparo de Marcelo que permitiu, graças a ressalto, isolar Gabriel Jesus (em posição duvidosa) para o tento inaugural, aos 36’. Foi o nono golo do citizen pelo Brasil em 16 jogos. No segundo tempo, os austríacos intimidaram com a sua agressividade, tentaram subir mais no terreno e abriram espaços atrás, bem explorados pelos canarinhos. Depois do golo de Neymar, funcionou a antiga sociedade do Liverpool, com Firmino a lançar Coutinho para o 3-0 final. Um bom desempenho coletivo a encerrar a preparação e a consolidar a confiança dos brasileiros na luta pelo título mundial. Na era de Tite, há o registo de apenas um desaire (há já um ano) em 21 jogos, e acrescenta-se à tradicional qualidade ofensiva a solidez do sector recuado, com apenas cinco golos sofridos (média de 0,2 por jogo).