CASO SUB-23: CD CONFIRMA MULTA
Conselho de Disciplina seguiu sugestão da Comissão de Instrutores e puniu clube açoriano com uma multa de 6210 euros
O União da Madeira, que participou o caso, vai agora recorrer para o Pleno do Conselho de Disciplina porque, segundo o presidente Filipe Silva, “esta decisão singular roça o ridículo”
O Conselho de Disciplina da FPF condenou o Santa Clara a 6210 euros de multa. Em causa estão três infrações: a não inscrição de, no mínimo, dois jogadores sub-23 nos jogos da última edição da II Liga com Gil Vicente, Varzim e União da Madeira; ter um jogador a mais na ficha técnica no jogo com o União da Madeira; e não ter, desde fevereiro de 2018, o mínimo de cinco jogadores sub-23 no plantel. O clube açoriano escapou desta forma a uma pena que implicava a perda de entre dois e cinco pontos e, consequentemente, não subir de divisão.
O CD seguiu assim a sugestão da Comissão de Instrutores da Liga, que propusera a penalização do clube açoriano com uma multa. Recorde-se que este processo foi instaurado após participação do União da Madeira, que pretendia a perda de pontos do clube açoriano, ao abrigo do artigo 78.º do Regulamento Disciplinar.
Como está escrito no despacho proferido pelo CD – assinado pelo relator do processo, Ricardo Pereira –, o União da Madeira pode apresentar recurso, no prazo de cinco dias, para o Pleno da secção profissional do Conselho de Disciplina. Filipe Silva, presidente do clube insular, confirmou que será esse o próximo passo. “Nãoéumacórdão,éu ma decisão singular do relator do processo e, portanto, vamos interpor um recurso hierárquico impróprio para o Pleno do CD que vai apreciar a matéria dos factos”, revelou, mostrando-se convicto de que a decisão será favorável. “Temos a certeza de que nos será dada razão. Esta é uma decisão indigna do futebol português e roça o ridículo. É um precedente grave condenar o Santa Clara a 612 euros pela infração cometida no jogo com o União, no qual utilizou na ficha de jogo um jogador a mais”, defendeu, considerando que “fica barato prevaricar” e que a infração do Santa Clara “é, para o relator, uma coisa de menor importância”. Ontem, Filipe Silva foi recebido por João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que ouviu as “preocupações quanto ao processo Santa Clara” e prometeu “indagar junto da Liga sobre os procedimentos de controlo da competição”.
“Felizmente há justiça desportiva em Portugal. Esta decisão não é uma subida; subimos a 6 de maio” Rui Cordeiro Presidente do Santa Clara