Já pode ter um relógio com tecnologia de linha de golo
MUNDIAL Mistura-se o VAR com tecnologia da linha de golo, merchandising com incertezas sobre o papel dos novos auxiliares de arbitragem
No mesmo dia em que o responsável pela arbitragem elogiou o VAR como aliado dos árbitros e não um competidor, a FIFA apresentou os relógios dos árbitros, que têm tecnologia de linha de golo
Se é apaixonado por relógios de pulso e tem possibilidade de abrir os cordões à bolsa, em breve poderá adquirir um exemplar idêntico aos que serão utilizados pelos árbitros no Mundial da Rússia. O relógio oficial foi ontem apresentado pela FIFA e continua a dispor de tecnologia de linha de golo, inovação introduzida há quatro anos, no Mundial do Brasil, mas da qual não se tinha ouvido falar nos últimos tempos porque a novidade da edição deste ano é a introdução do VAR.
Pelo anunciado ontem, os juízes de campo continuarão a saber num espaço de quatro segundos se uma bola ultrapassou ou não a linha de golo. A novidade seguinte tem a ver com o facto de a Hublot, relojoeira suíça, ter produzido 2018 unidades para comercialização pública.
A versão dos relógios dos árbitros do Mundial disponibilizada ao público terá o custo unitário de 4950 euros e terá algumas diferenças, sendo certo que apresentará informações sobre golos marcados, cartões e tempo de jogo.
A tecnologia de linha de golo é produzida através de câmaras localizadas nos estádios, mas não é revelado se essas mesmas câmaras estarão incluídas no lote de imagens à disposição do VAR.
Aliás, a relação da FIFA com esta nova ferramenta não estará ainda muito afinada, apesar de os responsáveis afirmarem o contrário. Um exemplo: ontem, Massimo Busacca, diretor para a arbitragem da entidade, viu-se compelido a afirmar que “não haverá competição entre o árbitro e o vídeo”.
“Estamos prontos, confiantes para fazer o melhor trabalho possível. Tenho a certeza de que os árbitros que estão aqui estão totalmente preparados. Trabalharam no duro, participaram em seminários. O VAR não está aqui para ser um ‘competidor’. A decisão final será sempre dos juízes, que podem vir a cometer erros ou não ver jogadas que decorrem em frações de segundos. Por isso, o vídeo está aqui para ajudar”, afirmou o suíço Busacca, que como árbitro esteve nos Mundiais Alemanha’2006 (três jogos) e África do Sul’2010 (um jogo).
Talvez porque em Itália o VAR já funciona (como em Portugal e na Alemanha), Pierluigi Collina, presidente do Comité de Árbitros da FIFA, foi um pouco mais assertivo no discurso ao falar do primeiro jogo com VAR num Mundial: “Acho que tomamos a decisão correta. E não queremos, neste momento, colocar qualquer tipo de pressão nos ombros dele [árbitro nomeado] devido a esse facto. Estão todos preparados...”
4950 A versão dos relógios dos árbitros do Mundial disponibilizada ao público terá ligeiras alterações e custará 4950 euros