O Jogo

MALDITO MUNDIAL PÕE ALEMANHA À PROVA

Há uma lista de coincidênc­ias atualizada de quatro em quatro anos e, se baterem certo, como tem sido costume, é sagradinho que os alemães não renovam o título de 2014

- HUGO SOUSA

As notícias também não são boas para Portugal: a Bola de Ouro que Ronaldo tanto festejou no último ano, a quinta do currículo, costuma ser uma praga para aspirantes a campeões do mundo...

São onze contra onze e no fim não ganha a Alemanha. Se as maldições dos mundiais baterem certo, como tem sido hábito, é sagradinho que a atual campeã não renovará o título na Rússia. Mas, o melhor mesmo é sermos cautelosos e justos: em 2014, no Brasil, a força germânica conseguiu abater uma das profecias anteriores, transforma­ndo-se, então, na primeira seleção não americana a triunfar num campeonato do mundo organizado em continente americano. E confirmou aí que também nunca falha três finais consecutiv­as.

A força da Alemanha contra teorias do Além tem, em terras russas, um teste a triplicar. Ex- plicando: há duas grandes maldições que lhe são desfavoráv­eis (detalhadas em baixo) e ainda outra menor que convém ter em conta – segundo os estudiosos destas coisas, uma seleção que começa a primeira fase no Grupo F está, digamos assim, lixada com efe grande. Alemanha, México, Suécia e Coreia do Sul são as quatro que integram esse lote supostamen­te amaldiçoad­o.

Tal como em 2014, Cristiano Ronaldo volta a colocar Portugal numa grande empreitada. Ao ter conquistad­o a Bola de Ouro que antecede a competição, hipotecou, segundo a tradição, as hipóteses de a Seleção Nacional repetir na Rússia o conto de fadas escrito no Europeu de França. Além disso, Éder ficou em casa...

Neste Mundial dos domínios da fé, é convenient­e ficar fora dos palpites de Pelé. O astro brasileiro costuma ser um valente pé frio nas previsões, e desta vez – pelo menos na primeira das abordagens que lhe é conhecida – nomeou o Brasil, embora com algumas desconfian­ças (o que pode ser bom para o escrete) e Argentina. Os colombiano­s atribuem-lhe o azar de 1994, Espanha sofreu em 1998, França e Argentina em 2002( todas favoritas dePelén esses anos e arrumadas ... na primeira fase). Em 2006, alargou o lote: Brasil, Inglaterra, Argentina, Alemanha, República Checa, Croácia e México. E a campeã, claro, foi... Itália. É verdade que em 2010, outra vez num lote alargado, Espanha estava nas preferênci­as e acertou. Mas espanhóis e brasileiro­s foram os escolhidos em 2014, ano em que, depois de onze contra onze, ganhou mesmo a Alemanha...

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