TREINADOR TREINA E BRUNO MANDA
Após o papel vasto assumido por Jesus, o presidente não repete a experiência, traça limites e recusa delegar
Ainda sem solução para o banco, o líder, até ver, chamará a si todos os assuntos de mercado, terá a palavra final em todas as pastas e não deixa que o treinador seja “manager”. Até Inácio está limitado
O treinador que vier... “só” treina. O JOGO sabe que o paradigma vai mudar no tocante à abrangência da figura do técnico, em oposição ao papel vasto que Jorge Jesus corporizou nos três anos em que foi muito mais do que o responsável pela orientação estrita do plantel. Quem manda em todosos assuntos, além do treino, éo presidente Bruno de Carvalho e até Augusto Inácio,recém- contra ta dod ire tor- geral, tem limites bem definidos.
Ainda no mercado à procura de quem lidere a equipa num clima de crise sem precedentes, a SAD pretende uma figura com impacto, mas as suas competências cingir-se-ão ao comando técnico. Depois de Sá Pinto, Scolari e Mano Menezes rejeitarem o convite, os leões apostam as fichas em dois nomes: Matías Almeyda e Claudio Ranieiri. Contudo, Bruno de Carvalho não vai delegar como delegou em Jorge Jesus – uma experiência que não quer repetir. JJ foi quase um “manager” ao traçar perfis e ter palavra de peso nas contratações e os elementos encarregados das negociações – o agora ex-administrador Guilherme Pinheiro foi exemplo – chegaram a reportar-lhe diretamente; teve um papel interventivo na política de comunicação, sugeriu obras na Academia e, inclusive, em Alvalade.
Inácio também terá cada passo reportado ao presidente, cuja palavra é final e soberana. O ex-jogador e antigo técnico leonino fará a ponte entre treinador e presidente, e tem sido auxiliado, com o administrador Carlos Vieira, nas pastas de mercado, mas Bruno, até ver, é quem decide tudo.