O Jogo

JOÃO MÁRIO OU ADRIEN E A DÚVIDA GEOGRÁFICA

TITULARIDA­DE O médio emprestado pelo Inter ao West Ham está na frente da corrida para jogar no lado esquerdo, mas não está descartada a aposta no jogador do Leicester

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O primeiro esteve em bom plano no exigente confronto com a Bélgica, mas Fernando Santos pode querer equilibrar as contas a meio-campo com um médio puro

A Rússia é mesmo um país europeu? A pergunta pode parecer deslocada no momento em que o Mundial está prestes a arrancar para os portuguese­s – e para os espanhóis – e num texto que, como o título indica, é suposto servir para analisar a dúvida tática em torno da seleção lusa. Mas, ao contrário do que possa parecer, esta é uma questão legítima e da qual pode até depender o percurso de Portugal neste Mundial!

Voltando à tática, mesmo tendo em conta a dupla negação de Fernando Santos, ontem, à imprensa nacional quanto a levantar o véu sobre a equipa que alinhará hoje – não quis dar trunfos ao adversário, justificou, apesar de ter feito questão de esclarecer que considera Fernando Hierro um amigo –, por aquilo que foi possível avaliar nos últimos encontros particular­es e pelas informaçõe­s recolhidas por O JOGO, a maior interrogaç­ão reside na titularida­de de João Mário ou Adrien. E, por extensão, no desenho que o sistema de Santos terá no relvado – o 4x4x2, que tão bem tem resultado, ou o 4x3x3 preferido durante anos? A resposta surgirá mediante a forma que o selecionad­or julgar melhor para ganhar a batalha do meio-campo, onde o sucessorde­Lopeteguid­everámante­r a previsível aposta no trio Buesquets-Koke-Iniesta.Encostar João Mário à esquerda, ainda que ajudando a fechar por dentro no momento da recuperaçã­o defensiva, poderá ser sinónimo de deixar William e Moutinho demasiado sozinhos. Daí a hipótese Adrien, que até tema vantagem de jogar de olhos fechados com o ex-companheir­o no meio-campo do Sporting.

Como parece pacífico que o ataque ficará entregue à criativida­de e rotativida­de do trio Bernardo Silva-RonaldoGue­des, a dúvida inicial volta a assaltar-nos, até porque o próprio selecionad­or sublinhou a questão a 10 de junho, pouco depois de ter posto os pés na Rússia – desta vez não haverá o calor dos adeptos de Marcoussis, que tão bem ajudaram a mitigar a saudade de casa. Será a Rússia na Europa? Para bem da Seleção, dado o histórico de insucessos fora do Velho Continente (caiu três vezes na primeira fase e na outra nos oitavos… com a Espanha), convém que sim. Na Europa, pelo menos, não há como não passar ao “mata-mata”.

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Antigos colegas no Sporting lutam pela titularida­de na Seleção

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