O Jogo

“ELES JOGAM DA MESMA MANEIRA HÁ DEZ ANOS”

FERNANDO SANTOS Selecionad­or desvaloriz­ou completame­nte a saída repentina de Julen Lopetegui e não espera que o “amigo” Fernando Hierro apresente surpresas na equipa espanhola

- ANA LUÍSA MAGALHÃES

FERNANDO SANTOS DIZ

“Trabalhámo­s as menos-valias, não há equipas perfeitas. Estamos confiantes, mas sem presunção”

“A história faz parte do passado, mas obviamente que queremos matar essa história de não vencer o primeiro jogo”

“Sou amigo do Hierro, não lhe desejo sorte para este jogo, mas que faça um grande Mundial. O resto é acessório”

“Tem tudo para ser um grande jogo. A primeira partida no Mundial é sempre a mais difícil”

“Nunca se chegará a 100%, mas sabemos o que temos de fazer”

Os jornalista­s espanhóis estavam curiosos, mas o treinador da Seleção Nacional passou ao lado de tudo o que não fosse a perspetiva de um “grande jogo” para o qual o campeão europeu está pronto

Tanta serenidade quanto boa disposição, tanta confiança como respeito: Fernando Santos promete uma equipa preparada perante um adversário sem segredos depois da “bomba” Lopetegui.

Como vê este clássico?

—Duas equipas que têm como objetivo vencer o jogo e que acreditam que o podem fazer. A Espanha é um adversário fantástico, uma equipa com jogadores de enormíssim­a qualidade, uma forma de estar no jogo que tem há muitos anos consolidad­o e que segurament­e não será alterada. Procurámos trabalhar as mais-valias e também as menos-valias, porque não há equipas perfeitas. Estamos fisicament­e preparados, confiantes sem presunção.

Portugal não vence nas estreias em fases finais de grandes competiçõe­s desde 2008. Desta vez é que vai ser?

— A história faz parte do passado e nunca do presente. O presente é amanhã [hoje] e nós temos um enormíssim­o adversário, mas obviamente que queremos “matar” – não gosto da expressão – essa história de não conseguirm­os vencer o primeiro jogo.

De que forma a saída de Lopetegui afetou a Espanha?

—O que é importante é que amanhã [hoje] vai ser a estreia de Portugal e da Espanha. Do lado de lá vai estar o Fernando Hierro, de quem sou amigo, não vou desejarlhe sorte para este jogo, mas desejo que depois faça um grande campeonato. O resto é acessório e não vale nada.

Vai manter o 4x4x2?

—Queres saber tu ou quer saber o treinador espanhol [risos]? Ele também quer saber como é que eu vou jogar e isso não vou fazer. Se lhe fizeres a mesma pergunta e ele responder... mas não acredito que ele vá responder, nenhum de nós vai entregar o jogo. Somos amigos, mas cada um tem a sua estratégia.

Vamos ver o melhor jogo da primeira fase?

—Tem tudo para ser um grande jogo. O ambiente é bom, o estádio vai estar praticamen­te cheio, com mais de 1500 pessoas a apoiar-nos. O primeiro jogo no Mundial, para qualquer equipa, é sempre o jogo mais difícil.

Como vê Cristiano Ronaldo depois de ter dito que queria sair do Real Madrid?

—O Cristiano é um extraordin­ário capitão, para além de um extraordin­ário jogador. Tem uma influência decisiva. Como ele diz e bem, mais importante do que ele ou eu ou qualquer um dos outros somos nós, Portugal.

A equipa chega em ponto de rebuçado para este jogo?

—Nunca se chegará a 100%, é impossível depois de uma época desgastant­e e stressante. Procurámos preparar a equipa para estar fresca física e mentalment­e. Vamos ver quem consegue superioriz­arse, se é que alguma equipa vai conseguir. Estamos preparados e sabemos o que temos de fazer.

A saída de Lopetegui muda a forma de pensar o jogo?

—Quem vai treinar a Espanha é o Hierro e a Espanha joga da mesma forma há dez anos. Não espero surpresas. O que é importante são as equipas que vão jogar e as estratégia­s montadas.

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fase do treino de adaptação ao relvado
Santos com Quaresma e Rúben Dias numa fase do treino de adaptação ao relvado

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