“Loucura” pode custar 50 milhões
Prémios e salários de Bruno Fernandes e Gelson em cinco anos
Líder encarnado propõe salário anual líquido de 2,2 milhões ao médio e de 1,8 milhões ao extremo com vínculos para cinco anos, além de prémios de assinatura. Ideia é, porém, valorizar e vender a dupla
Luís Filipe Vieira pretende aproveitar o momento delicado que o rival Sporting está a viver, e que levou à rescisão de nove atletas, atacando as contratações de Bruno Fernandes e de Gelson. Sem identificar nomes, o presidente encarnado prometeu, no início da semana, cometer no próximo mercado de transferências uma “pequena loucura”, oferecendo valores milionários no sentido de assegurar os dois internacionais portugueses. Para isso, admite, olhando aos anos de contrato, salário e prémios de assinatura, avançar para um investimento que pode chegar aos 50 milhões de euros, isto caso ambos os futebolistas cumpram cinco épocas de águia ao peito. “Este ano, vou fazer uma pequena loucura que se calhar não devia fazer. Mas vou fazer”, atirou Vieira em assembleia geral, sobre a investida aos agora ex-leões.
Segundo apurou O JOGO, o líder do emblema benfiquista colocou em cima da mesa de Bruno Fernandes um ordenado líquido a rondar os 2,2 milhões de euros (4,4 brutos), perfazendo num vínculo de cinco anos um total de 22 milhões, enquanto a proposta para o extremo é ligeiramente inferior, podendo implicar um investimento de 18 milhões (fruto de um salário anual livre de impostos de 1,8 milhões de euros), caso Gelson acabe por ingressar na Luz e fique ligado ao clube até 2023.
Ciente de que a dupla tem uma longa lista de clubes interessados na sua contratação, Luís Filipe Vieira mostrou ainda disposição para pagar, como prémio de assinatura, cerca de cinco milhões de euros para o médio-ofensivo, e um valor a rondar os quatro milhões para o extremo.
Apesar de aconselhado a cautelas no que diz respeito ao ataque de jogadores saídos de Alvalade, fruto de possíveis indemnizações a que possa ser obrigado a pagar caso os jogadores sofram uma derrota judicial, vendo recusada a sua justa causa para rescindir, Vieira quer reforçar o plantel de Rui Vitória com estes dois jogadores, fazendo mesmo de Bruno Fernandes a sua grande prioridade, com o dirigente encarnado a confiar mesmo no sucesso da operação.
Vieira aposta não só num retorno desportivo, considerando a qualidade dos jogadores, mas também em termos
nanceiros, pois, apesar do investimento total que as contratações podem implicar, a ideia é rentabilizar e valorizar ainda mais Bruno Fernandes e Gelson, vendendo-os posteriormente por várias dezenas de milhões de euros. Com a dupla agora ao serviço de Fernando Santos – o médio foi titular no empate de ontem a três bolas com a Espanha, na primeira partida de Portugal no Mundial, enquanto o extremo não saiu do banco –, a situação será discutida com os representantes, Miguel Pinho, no caso de Bruno Fernandes, e Ulisses Santos, empresário de Gelson.