Oliveirense campeã inédita
FC Porto derrotado no terceiro jogo da final [69-93]
A poucos segundos do fim do terceiro período, quando um triplo de José Barbosa colo- cava a diferença nos 19 pontos (50-69), os adeptos da Oliveirense já começavam a fazer a festa no Dragão Caixa. Ainda faltava um período, mas a superioridade dos visitantes sobre o FC Porto continuou. A formação de Oliveira de Azeméis, que trazia uma vantagem de 2-0 do último fim de semana, venceu então o terceiro encontro da final, por 69-93, garantindo um título inédito para o clube, o primeiro para a cidade. Um momento emotivo para um emblema que recomeçou do zero em 2007/08, depois de a equipa profissional ter cessado atividade em 2006.
À imagem do que aconteceu durante a época, os comandados de Norberto Alves, apoiados por cerca de 300 adeptos, surgiram no Dragão muito fortes cole tivamen te, sempre intensos do ponto de vista defensivo. Passados os primeiros 15 minutos, os novos campeões distanciaram-se com um parcial de 9-0 e beneficia- ram dos triplos de João Balseiro, da organização de Barbosa e da entrega de Arnette Hallman para chegar ao intervalo com uma vantagem já de dois dígitos. Ao todo, a Oliveiren- “É um pesadelo tirado da minha cabeça, por causa daquela final de 2003”
José Barbosa
Jogador da Oliveirense “Já tinha ido a algumas finais e perdi-as todas, mas valeu a pena esperar”
João Balseiro
Jogador da Oliveirense se fez 31 pontos no segundo período, o que dificultava muito a tarefa dos dragões, entre os quais Sasa Borovnjak foi sendo o mais inconformado. Na segunda parte, o domínio da Oliveirense mantevese e o melhor que os homens de Moncho López conseguiram foi um tímido parcial de 6-0 no arranque do quarto período, que já nada mudava. O capitão João Abreu, que jogou a traumática negra da final perdida para a Portugal Telecom, em 2002/03, e ajudou a reerguer a equipa do escalão mais baixo até ao topo ergueu o troféu e, ao fim de dez edições, a Liga conheceu um novo campeão que não Benfica e FC Porto.