O Jogo

Portugal dos empates na vingança de CR7

- Manuel Queiroz

Não sei se foi vingança por pagar os 18 milhões de multa ao fisco espanhol, mas foi um recital de Ronaldo, de penálti, aproveitan­do o frango de De Gea e num livre sublime, que permitiu a Portugal o empate do costume. O sétimo (nos 90 minutos) em oito jogos de fases finais com Fernando Santos ao leme. Convém não olhar para as coisas de forma enviesada: a Espanha foi melhor, muito melhor mesmo na maior parte do jogo. A Espanha jogou como campeã do mundo, que não é mas quer ser (ainda não há muito tempo deu 6-1 à Argentina). Portugal teve 33,5% de posse de bola (números do diário espanhol “Marca”), o que é muito pouco, e era aquilo que Fernando Santos dizia que não queria. De Gea não volta a dar frangos daqueles. Parece evidente que Fernando Santos arriscou ali com jogadores que não deram o que ele esperava. Raphael Guerreiro parece um primo distante do de 2016, Bruno Fernandes e mesmo Gonçalo Guedes (nervoso) também precisam ainda de romper meias solas para um nível destes. Mas não só. Fernando Santos queixou-se de uma equipa a defender longe dos espanhóis e foi verdade. Foi lúcido o selecionad­or no final do jogo, mas não sei se é possível mudar o chip destes homens nesta altura. E o calor não ajudou. Ronaldo marcou ontem tantos golos como tinha feito nos três Mundiais anteriores. À Espanha. Há coisas que valem muito mais de 18 milhões...

Raphael Guerreiro parece um primo distante do de 2016, Bruno Fernandes e Guedes ainda precisam de romper meias solas

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Ronaldo estreou-se a marcar à Espanha, e multiplico­u por três
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