Portugal dos empates na vingança de CR7
Não sei se foi vingança por pagar os 18 milhões de multa ao fisco espanhol, mas foi um recital de Ronaldo, de penálti, aproveitando o frango de De Gea e num livre sublime, que permitiu a Portugal o empate do costume. O sétimo (nos 90 minutos) em oito jogos de fases finais com Fernando Santos ao leme. Convém não olhar para as coisas de forma enviesada: a Espanha foi melhor, muito melhor mesmo na maior parte do jogo. A Espanha jogou como campeã do mundo, que não é mas quer ser (ainda não há muito tempo deu 6-1 à Argentina). Portugal teve 33,5% de posse de bola (números do diário espanhol “Marca”), o que é muito pouco, e era aquilo que Fernando Santos dizia que não queria. De Gea não volta a dar frangos daqueles. Parece evidente que Fernando Santos arriscou ali com jogadores que não deram o que ele esperava. Raphael Guerreiro parece um primo distante do de 2016, Bruno Fernandes e mesmo Gonçalo Guedes (nervoso) também precisam ainda de romper meias solas para um nível destes. Mas não só. Fernando Santos queixou-se de uma equipa a defender longe dos espanhóis e foi verdade. Foi lúcido o selecionador no final do jogo, mas não sei se é possível mudar o chip destes homens nesta altura. E o calor não ajudou. Ronaldo marcou ontem tantos golos como tinha feito nos três Mundiais anteriores. À Espanha. Há coisas que valem muito mais de 18 milhões...
Raphael Guerreiro parece um primo distante do de 2016, Bruno Fernandes e Guedes ainda precisam de romper meias solas